Polícia encontra ossada de adolescente assassinada a mando do amante em Cuiabá
Policiais civis encontraram a ossada da adolescente Maiana Mariano Vilela, 16 --desaparecida desde o dia 21 de dezembro de 2011-- numa cova rasa na região do Coxipó da Ponte, zona rural de Cuiabá (MT). Delegados que comandaram as investigações têm certeza que a jovem foi vítima de uma cilada armada pelo namorado, o empresário Rogério Silva Amorim, e sua mulher, Casilângela Moraes Amorim.
Os motivos do crime, segundo a polícia, giram em torno de chantagem e ciúmes. Oito pessoas foram presas acusadas de participação direta e indireta no assassinato da menor.
Os delegados Silas Tadeu Caldeiras e Anaídes Barros, da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa) descobriram que a menor tinha sido vítima de uma emboscada após terem rastreado ligações com informações falsas a respeito do paradeiro da adolescente.
Segundo os delegados, as ligações que chegavam a DHPP forneciam pistas de que ela teria sido vista em balneários de Santa Catarina, como Camboriú, por exemplo. Porém, descobriram que os celulares de onde partiam as ligações tinham DDD de São Paulo, mas a origem era de Cuiabá.
A partir daí, policiais descobriram que a adolescente havia sido levada para a chácara do empresário Rogério Silva Amorim, 39, que é dono de uma loja de material para construção em Cuiabá. Para que isso fosse efetivado, o namorado de Maiana entregou-lhe um cheque de R$ 500, que foi sacado no dia 21 de dezembro do ano passado, data do desaparecimento. As câmeras de segurança do banco mostram a menor subindo numa motocicleta. O dinheiro era para pagamento do caseiro da chácara de Amorim, em Coxipó da Ponte, mas tratava-se de um álibi para a garota ser morta.
Depois, segundo a polícia apurou com Paulo Ferreira Martins, 40, que confessou ter cometido o crime, a jovem foi à chácara e lá entregou o dinheiro. Nesse instante, Martins agarrou Maiana e a estrangulou com as mãos. Após isso, colocou o corpo no porta-malas de um carro e levou até à empresa de Amorim, que se recusou a ver o cadáver. “Ele [empresário] mandou que desse fim no corpo”, disse o delegado Caldeiras.
Motivo
Na avaliação dos delegados, a jovem foi morta porque fazia chantagens com o namorado, exigindo, por exemplo, que ele desse uma apartamento à ela. Eles mantinham um relacionamento desde junho de 2010. Como ela e a mãe passaram a fazer ameaças de escândalos, Amorim resolveu matá-la. A mulher dele também foi conivente com o crime, já que sentia ciúmes do relacionamento extraconjugal do marido.
Para concretizar o crime, Amorim chamou Paulo Ferreira Martins e Carlos Alexandre da Silva, 27, e entregou R$ 2.500 para cada um como pagamento do assassinato por encomenda.
O empresário foi indiciado por homicídio qualificado, junto com a esposa. A situação de Martins e Silva é mais grave, pois responderão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Além destes, mais outros quatro suspeitos também estão com prisões preventivas decretadas. De algum modo, explicam os delegados, todos têm participação no crime.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.