Escavação em sítio que foi de goleiro Bruno termina sem encontrar qualquer vestígio de restos mortais
A polícia de Minas Gerais encerrou por volta das 17h15 desta terça-feira (28) as buscas pelo corpo de Eliza Samudio em uma propriedade em Esmeraldas (região metropolitana de Belo Horizonte) que foi do goleiro Bruno Souza, ex-amante da jovem e um dos réus acusados por sua morte, sem encontrar qualquer vestígio de restos mortais.
O corpo de Eliza está desaparecido desde junho de 2010, e a vítima é dada como morta pela Justiça. Aguardam julgamento pelo caso o goleiro Bruno e mais seis réus, já acusados de assassinato.
Segundo a polícia, uma denúncia anônima feita pelo número de telefone 181 na noite desta segunda-feira (27) informou que o corpo de Eliza estaria localizado entre duas palmeiras que há na propriedade.
O delegado de Ribeirão Neves e Esmeraldas, Alex Araújo Soares, disse que não foi encontrado nada após a escavação de 1,5 metro, e que esta denúncia foi verificada em razão dos últimos acontecimentos relacionados ao caso. "É muito difícil esconder um corpo ali, é perto da rua, eu acredito que é um local muito improvável", afirmou.
"Da nossa parte está encerrada", disse o delegado-regional de Ribeirão das Neves e Esmeraldas, Hamilton Figueiredo, ressaltando a possibilidade de que a polícia não voltará a fazer buscas lá.
Uma guarnição do Corpo de Bombeiros com equipamentos para escavação, uma retroescavadeira --que não foi utilizada-- e um perito do Instituto de Criminalística da Polícia Civil mineira fizeram parte da operação.
Não há informação se os bombeiros e o perito obtiveram na Justiça um mandado de busca e apreensão para iniciar as buscas ou se o novo dono da propriedade permitiu o acesso dos policiais.
A assessoria de imprensa da Polícia Civil havia informado na manhã desta terça que não poderia entrar na propriedade para conferir a denúncia porque seria preciso um mandado de busca e apreensão, que, segundo a assessoria, ainda não havia sido pedido à Justiça.
No final da manhã, o delegado de Esmeraldas e Ribeirão das Neves chegou ao sítio dizendo que iria conferir dados preliminares da denúncia anônima sobre a localização do corpo. Soares chegou a conversar com o atual dono da propriedade, mas, naquele momento, não teve permissão para visitar o local.
Logo após o desaparecimento da jovem, as investigações policiais chegaram ao sítio de Bruno e, com permissão da Justiça para o inquérito que havia sido aberto, foram realizadas buscas por todo o terreno. Não foi encontrado nenhum vestígio ou prova de que o corpo havia sido enterrado ou deixado no local.
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