Advogado da mãe de Eliza Samudio quer ex-policial no rol de acusados pela morte da filha
O advogado José Arteiro Cavalcante, assistente de acusação e representante da mãe de Eliza Samudio, disse ter entrado com uma petição nesta segunda-feira (17), no Fórum de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), com pedido ao Ministério Público (MP) para que o órgão inclua o policial civil aposentado José Lauriano de Assis Filho, conhecido como Zezé, no rol de denunciados à Justiça pelo sumiço da ex-amante do goleiro Bruno Souza.
O atleta e mais seis pessoas vão a júri popular, ainda sem data definida, pelo desaparecimento de Eliza, ocorrido em junho de 2010. De acordo com o inquérito policial, à época, Filho ainda estava na ativa e teria apresentando o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, ex-braço direito do jogador e um dos réus no processo.
Bola foi apontado pela Polícia Civil mineira como o executor de Eliza, que teria sido morta na casa dele, em junho de 2010, em Vespasiano (região metropolitana de Belo Horizonte). “Não se sabe por que ele não foi indiciado. Ele foi intermediário e participou do crime. O menor, primo do goleiro Bruno (que cumpre medida socioeducativa em Minas Gerais), disse que uma pessoa negra e alta estava com Bola na noite do dia do crime”, afirmou Cavalcante, referindo-se ao tipo físico de Zezé.
Assis Filho prestou dois depoimentos na fase da investigação policial. De acordo com o inquérito policial, ele confirmou ter conhecido Bruno e Macarrão, em 2008, porque coordenava uma banda de pagode, e havia o interesse de Luiz Henrique Romão em patrocinar um grupo musical.
O homem afirmou ter sido procurado por Macarrão, em junho de 2010, quando foram veiculadas as primeiras notícias na imprensa sobre o caso Eliza Samudio. A primeira versão era sobre o suposto fato de o goleiro Bruno ter matado a esposa, que estava desaparecida (à época o goleiro ainda estava casado com Dayanne). Macarrão teria pedido a ele para verificar o que estava ocorrendo, repassando o número do telefone da mulher.
Segundo o inquérito, Zezé afirmou ter procurado informações preliminares na corporação sobre o caso e, em seguida, orientou Dayanne a se apresentar à polícia para desfazer o mal-entendido. Nesta ocasião, ela foi presa em flagrante sob acusação de subtração do filho de Eliza.
Para a polícia, ele também afirmou que conheceu Bola durante um curso na Polícia Civil mineira no qual o réu era monitor. Posteriormente, passou a se relacionar com Bola por conta de amizade dele com policiais da delegacia onde trabalhava. Em relação aos constantes telefonemas que trocou com Bola, afirmou que eles se deram por causa de uma suposta intenção dos dois em formar um grupo de “paintball”.
A alegação dada por Zezé para apresentar Bola a Macarrão foi que o suposto executor de Eliza teria insistido para ele intermediar com Macarrão um teste para o filho em um clube de futebol, conforme a investigação. Assis Filho não foi indiciado pela Polícia Civil mineira. O UOL tentou contato com o ex-policial, mas não conseguiu.
De acordo com Arteiro, a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues deverá abrir vistas ao Ministério Público para que o órgão se manifeste sobre a petição. O UOL entrou em contato com a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e aguarda um posicionamento.
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