Primo do goleiro Bruno deixa centro de internação e entra em programa de proteção
O primo do goleiro Bruno que cumpria medida socioeducativa em uma unidade para menores infratores de Belo Horizonte teve a pena considerada cumprida pela Justiça de Minas Gerais e já está em liberdade.
De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), após a liberação, Jorge Luiz Lisboa Rosa, 19, foi imediatamente incluído em um programa de proteção a testemunhas do governo estadual, e, por isso, não teve a data da saída divulgada.
A soltura ocorreu na semana passada, de acordo com informações do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG). Por conta da inclusão dele no programa, as informações sobre seu endereço atual e outros detalhes da soltura não foram revelados.
Rosa era menor de idade quando foi submetido às medidas impostas pelo Juizado da Infância e Juventude de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), em razão do sumiço de Eliza Samudio, ex-amante de Bruno. Cumpria a internação desde agosto de 2010.
Foi ele quem desencadeou toda a investigação sobre o sumiço de Eliza ao dar informações sobre o caso a um tio dele, que as repassou a uma rádio do Rio de Janeiro, onde Bruno morava e jogava pelo Flamengo.
A entrada de Rosa no programa de proteção, conforme o UOL apurou, deveu-se ao assassinato de Sérgio Rosa Salles, outro primo do jogador, morto a tiros no mês passado, no bairro Minaslândia, região norte de Belo Horizonte.
Acerto de contas
A Corregedoria da Polícia Civil mineira descartou relação entre a morte de Salles e o caso Eliza Samudio, afirmando que a motivação havia sido passional. O casal suspeito da morte de Camelo está preso. Outra causa para a medida adotada no caso de Rosa foram duas tentativas de homicídio sofridas pelo ex-motorista de Bruno, no mês passado, em Contagem.
Nesse caso, a Polícia Civil mineira informou que a razão teria sido uma tentativa de "acerto de contas" praticada por um ex-aliado de Cleiton da Silva Gonçalves, que tentou se vingar do ex-motorista após um caso de homicídio na cidade no qual Gonçalves teria sido o mandante.
Rosa, Salles e Gonçalves colaboraram com a polícia à época das investigações sobre o sumiço de Eliza Samudio, em 2010. O primo do goleiro agora solto havia confirmado à polícia o assassinato da ex-amante do goleiro, atribuído ao ex-policial Marcos Aparecido dos Santos.
Porém, em depoimento à Justiça mineira, Lisboa acabou mudando a versão. O UOL tentou entrar em contato com o advogado de Rosa, mas não conseguiu.
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