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Adolescente morre baleado pelo pai em Araxá (MG); polícia diz que crime foi acidental

Renata Tavares

Do UOL, em Uberlândia

15/12/2012 15h38

Um motorista de 44 anos foi preso sob suspeita de ter matado o próprio filho de 17 anos em Araxá, no Triângulo Mineiro, na madrugada deste sábado (15). Segundo a polícia, ele teria atirado acidentalmente no adolescente durante uma briga -- o jovem chegou em casa de madrugada e foi confundido pelo pai com um ladrão. O rapaz chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital.

De acordo com a Polícia Militar, Pedro Honorato dos Santos dormia no momento em que o filho, Cristiano da Cruz Honorato, chegou por volta das 3h da manhã em casa na companhia de amigos. O barulho provocado pelo adolescente o acordou e o fez acreditar que a casa estava sendo invadida por ladrões.

Aos policiais, Pedro dos Santos disse ter atirado para o alto para tentar assustar “os invasores”. Em seguida, ainda de acordo com o depoimento, o motorista saiu armado do quarto e, quando viu que era o filho que havia chegado a casa, brigou com ele.

Durante a discussão o pai ameaçou pegar um cinto para agredi-lo, mas a arma disparou e acertou o peito de Cristiano Honorato. Conforme a PM, os policiais foram acionados por um vizinho que escutou os disparos e viu a movimentação e o desespero dos familiares.

Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o motorista saindo de casa com o filho no banco de trás do carro e ensanguentado. O rapaz foi levado para o hospital da cidade por uma equipe de socorristas que foi acionada, mas já chegou à unidade de saúde sem vida.

Após receber a notícia da morte do filho, Pedro dos Santos foi preso e a arma, um revólver calibre 32, apreendida. Segundo a Polícia Civil, o motorista não tem o registro e tampouco porte de armas.

As investigações preliminares apontam que o crime foi acidental. De acordo com a Polícia Civil, o homem pagou fiança por porte ilegal de armas, cujo valor não foi informado, e foi liberado logo em seguida.

O inquérito deve ser concluído em 30 dias e, conforme a Polícia Civil, o homem deve ser indiciado por homicídio culposo, quando não se tem a intenção de matar. O UOL tentou falar com familiares e vizinhos, mas ninguém foi encontrado.