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Sem alvará, parque em Brasília reabre quase um mês após estudante ser arremessada de brinquedo

O Nicolândia Center Park havia sido interditado pela Defesa Civil do Distrito Federal - Wilson Dias/Agência Brasil
O Nicolândia Center Park havia sido interditado pela Defesa Civil do Distrito Federal Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil

Pedro Peduzzi

Da Agência Brasil, em Brasília

22/12/2012 16h26

Interditado desde o dia 26 de novembro devido a um grave acidente com uma criança de 12 anos, o Nicolândia Center Park foi reaberto neste sábado (22), após obter um “termo de desinterdição” emitido pela Defesa Civil do Distrito Federal. O parque ainda não tem alvará de funcionamento. “Estamos sem o alvará. Mas conseguimos um termo de desinterdição na Defesa Civil. Agora vamos buscar a licença de funcionamento, que é o alvará, junto à administração de Brasília”, disse um dos donos do parque infantil, Marcelo Márcio Gomes.

O Nicolândia Center Park funciona no Parque da Cidade há 34 anos. No dia 25 de novembro, a estudante Raquel Cristina foi arremessada do brinquedo Rock and Roll, que girava em alta velocidade. Na época, a mãe da menina, Carmem Lúcia Sousa, disse que a filha, antes de ser arremessada, sentiu os braços dormentes e, por isso, soltou a barra de segurança do brinquedo. A menina sofreu politraumatismo, fratura da clavícula esquerda e da sexta vértebra.

“Não tiramos nenhuma lição desse caso. Lições nós tiramos das coisas boas. Mas vamos instalar um cilindro de proteção para manter o usuário dentro do assento. Será uma esponja de revestimento da trava, que ajudará a fixar a perna no assento”, disse o proprietário do parque. O brinquedo ainda se encontra em manutenção.

De acordo com a brigadista Pâmela Gabriela, que à época fez o pronto atendimento da vítima, algumas pessoas relataram que a menina teria se levantado do brinquedo, antes de ser arremessada. “Fiquei com ela no Hospital de Base até às 22h30, quando a mãe chegou. Ela tinha deixado a menina com duas amigas, sem adulto para supervisionar”, disse a brigadista que trabalha no parque. “Infelizmente isso acontece com grande frequência por aqui”, acrescentou.

Não é o caso de Vanessa Calderon, que acompanhava a filha de 2 anos e uma prima de 12 anos. “Acompanho sempre de muito perto as meninas”. Eu não sabia desse acidente [ocorrido em novembro], mas notei uma preocupação bem grande dos funcionários em relação à segurança. Notei também que o parque está bastante limpo. Claro que, depois de saber do acidente, terei um cuidado ainda maior com as crianças”, acrescentou.

Fazendo turismo na cidade, Luciano Dias também não sabia do acidente. “Bem que estranhei o parque estar tão vazio”, disse. “Acidentes acontecem, mas saber que aconteceu um bem aqui acaba nos deixando mais preocupados, porque se tem algo onde não se pode economizar [em um empreendimento como este] é segurança”, disse o capixaba, que acompanhava os filhos de 6 e de 9 anos.