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Advogado de Gil Rugai deve pedir nulidade de julgamento alegando cerceamento de defesa

Janaina Garcia

Do UOL, em São Paulo

22/02/2013 20h52

Os advogados de Gil Rugai, condenado nesta sexta-feira (22) a 33 anos e nove meses de reclusão pelos assassinatos do pai, Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, estudam pedir a nulidade do julgamento sob alegação de cerceamento de defesa.

A declaração foi dada pelo advogado Marcelo Feller após a sentença lida em plenário pelo juiz Adilson Paukoski Simoni, que concedeu a Gil Rugai recorrer da pena em liberdade. O motivo é o fato de que o réu já aguardava solto a análise de um habeas corpus impetrado pela defesa em 2009 –o qual fora atendido, até agora, apenas liminarmente.

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De acordo com o advogado, o cerceamento que será alegado para pedir a nulidade vai se basear na suposta impossibilidade de que o réu trouxesse novas provas que alegassem sua inocência.

"Vamos alegar o cerceamento não pelo juiz, mas em se possibilitar que juntássemos elementos que provassem o álibi dele [de que estaria em um shopping na hora do crime] –uma vez que a polícia não periciou as imagens do shopping que mostrariam que Gil estava lá. Isso nos pareceu absolutamente essencial para que pudéssemos provar a inocência”, disse.

Segundo o advogado, o juízo indeferiu pedido para que a defesa apresentasse aos jurados sigilos de contas telefônicas de vizinhos do casal assassinado.

Indagado se a orientação para que Rugai se calasse perante o promotor, durante o interrogatório desta quinta-feira (21), não prejudicou o esclarecimento de pontos que provariam sua inocência, Feller negou.

“O interrogatório seria o momento para ele se defender, sem dúvida, mas, salvo engano, em 25 minutos de perguntas do promotor, ouvi a voz do Gil apenas quatro vezes. Ali não eram perguntas, mas discursos”, disse.

O advogado disse que a defesa vai recorrer da decisão de hoje, mas ressalvou que aguardará a transcrição de todo o julgamento para definir uma data para isso.