Porco com peso de dois leões vira problema para criador no interior de SP
Um porco que atingiu 450 quilos de peso com 18 meses de vida se tornou um problema para um sitiante de Cosmorama (500 km de São Paulo). Devido ao tamanho, o animal não pode cruzar com as porcas do proprietário, que são pequenas em comparação a ele e não suportariam o peso do macho.
“Ele é criado apartado das fêmeas para evitar o risco de descadeirá-las”, fala o sitiante Marcelo Jacomelli, 35, que adquiriu Branco “num rolo” feito com um amigo também sitiante. O porco pesa quase o dobro de um leão macho adulto, cujo peso médio é de 250 kg.
Segundo João Pereira da Silva Filho, 28, veterinário da Casa de Agricultura de Cosmorama, o normal seria um porco nessa idade pesar 300 quilos. Branco é o resultado do cruzamento de duas raças: pietran e sorocaba.
A explicação para o tamanho do animal é o melhoramento genético realizado por técnicos da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) na região sul do país, onde Branco foi adquirido com 30 dias de vida, pesando dez quilos.
O bicho teve “sorte” de chegar aos 18 meses de idade, o que explica seu gigantismo. “Os porcos dificilmente chegam a 450 quilos nas granjas, pois são abatidos aos cinco meses, normalmente pesando cem quilos”, disse o veterinário.
O melhor destino a dar ao suíno, para o profissional, é vendê-lo a criadores que possuam porcas maiores, mandá-lo ao abate ou criá-lo para a produção de sêmen, que seria usado em reproduções artificiais.
O sitiante, porém, optou pela venda de Branco. Quem pagar R$ 5.000 leva o superporco, afirma. O bicho, segundo Jacomelli, é manso e costuma servir de montaria para a filha.
“Infarto”
Inicialmente, o animal consumia oito quilos de ração por dia, além de capim. Mas, por conselho do veterinário, a dieta caiu para três quilos de ração. “Ele não pode engordar mais porque corre o risco de ter um infarto”, afirmou o dono.
Outro cuidado que o porco exige são banhos diários de mangueira, para se refrescar do calor, uma vez que o sítio não tem um tanque compatível com o tamanho dele. A fama do suíno gigante extrapolou as cercas do sítio, que virou ponto de visitação de curiosos e criadores da região.
13 Comentários
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O melhoramento genético em suínos não diz respeito ao tamanho, mas ao porte e especialmente na relação carne com menos gordura. Fotografia manipulada, especialmente em manchas azuis jamais existentes. Pela observação do braço que aparece na cerca e pela altura da cerca, ficou com muitas dúvidas se teria este peso anunciado, melhor teria sido se houvesse uma pessoa ao lado para tal comparativo, imagens podem enganar, claro. - Se existe algo errado em comer carne, matar animais para esta finalidade, com certeza a mesma questão se daria para vegetais! Criaturas existem entre outras coisas para alimentar o homem. - Estes testes já foram feitos cientificamente, como a grama sentindo felicidade em ser podada em um jardim ou ser alimento de ovelhas, o mesmo teste em que foi provado que animais e plantas gostam de música e bons tratos culturais.
Da para fazer varios quilos de salame!!!