Advogado de Bola diz que não haverá confissão; filho do réu diz que ele está "esperançoso"
O advogado Fernando Magalhães, um dos que representam o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, disse nesta segunda-feira (22) que a linha de defesa montada para o cliente, acusado de ser o executor de Eliza Samudio, não prevê nenhuma possibilidade de confissão.
Segundo a acusação, Bola teria matado a ex-amante do goleiro Bruno por estrangulamento, em junho de 2010, em sua casa, localizada na cidade de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Veja como foi o julgamento do goleiro Bruno
“Não se confessa o que não se fez, é impossível”, disse Magalhães, um dos advogados que representam o ex-policial, antes de entrar no Fórum Doutor Pedro Aleixo, na cidade de Contagem, onde se inicia o julgamento do ex-policial, acusado de homicídio e ocultação de cadáver.
Questionado sobre a declaração do goleiro Bruno Fernandes, dada durante seu julgamento, na qual acusou Luiz Henrique Ferreira Romão, seu ex-braço-direito, de ter contratado Bola para matar a ex-amante, Magalhães disse que Bruno mentiu.
“Ele (Bruno) mentiu para ganhar uma redução da pena. E nós vamos desmerecê-lo”, afirmou. Magalhães admitiu, no entanto, que a declaração pode trazer prejuízo para a defesa. “Dificultou o nosso trabalho, mas não vai impedi-lo”, afirmou.
O advogado entrou no fórum munido de uma TV, que, segundo ele, servirá para reproduzir vídeos aos jurados na intenção de “provar as coisas forjadas do inquérito”.
“Esperançoso”
Um dos filhos de Marcos Aparecido dos Santos aguardava o início do julgamento do lado de fora do fórum e afirmou que o pai está “esperançoso” e “confiante” na sua absolvição. Ele não quis emitir mais nenhuma opinião sobre o assunto.
O advogado José Arteiro Cavalcante, representante da mãe de Eliza Samudio, disse não acreditar em uma possível confissão do réu. Conforme ele, Bola “é um sujeito duro”.
“Ele é um sujeito muito duro, um sujeito muito ruim, o caráter dele é péssimo, ele não é uma pessoa normal. Ele mata rindo. Ele é aquele sujeito que morre, mas não diz’, afirmou.
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