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Cinco famílias querem adotar cão são bernardo que matou bebê no interior de São Paulo

Fabiana Marchezi

Do UOL, em Campinas

13/05/2013 14h45

Ao menos cinco famílias de Paulínia (119 km de São Paulo) já manifestaram interesse em adotar o cachorro são bernardo que matou o bebê Samuel Palma Alves, de um ano e dois meses, na última quinta-feira (9).

A criança estava em casa, no Jardim Planalto, com o pai e o irmão mais velho quando ocorreu o ataque. Segundo a polícia, o animal de estimação estava preso no quintal e o pai, o pastor Edgar Batista Alves, não viu quando o menino saiu de dentro da casa e foi ao encontro do cão.

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Após o ocorrido, o cachorro foi encaminhado para o Departamento de Zoonoses da cidade, onde deve ficar em observação por dez dias, antes de ser adotado. A prefeitura ainda espera a resposta final da família sobre a possibilidade de doar o cão.

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde do município, Sandra Soares, o são bernardo foi avaliado por um veterinário e não apresentou nenhuma alteração.

Como se fosse um boneco

“Ele é calmo, tem comportamento tranquilo, não apresenta sinais de maus tratos e tem se alimentado normalmente. Não dá para avaliar o que desencadeou esse comportamento agressivo, é difícil dizer", afirmou Sandra.

Segundo a Polícia Militar (PM), a própria família ainda não entende o ocorrido, uma vez que o cachorro sempre foi muito dócil. O menino foi mordido no abdômen e teve ferimentos na artéria ilíaca, que fica próximo da barriga, o que provocou uma hemorragia interna.

O cachorro teria balançado Samuel como se fosse um boneco. O bebê chegou a ser levado para o centro cirúrgico do Hospital de Paulínia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu de parada cardiorrespiratória.

Consternação geral

Assim que a morte do garoto foi confirmada, a Polícia Científica compareceu ao local do ataque e, após perícia, o são bernardo foi levado ao Centro de Controle de Zoonoses, na Vila Bressani.

Em depoimento aos policiais militares que preservaram o local do acidente, o pastor disse que o ataque pode ter sido motivado por ciúmes, já que o cão está com a família há dois anos e o bebê chegou depois. A mãe do bebê estava trabalhando no momento do acidente.

Para o delegado Luiz Antônio Correia da Silva, responsável pela investigação, o caso foi uma fatalidade e foi registrado como “morte a esclarecer”. “Uma tristeza muito grande. Uma fatalidade que provocou uma consternação geral”, disse.

Outro caso

É o segundo caso de morte causada por cachorro na região de Campinas (94 km de São Paulo) nos dois últimos meses. Em 5 de abril, um pit bull matou a farmacêutica Bárbara de Oliveira, 35, em Itapira (164 km de São Paulo)O cachorro foi adotado pela ong (organização não governamental) Santuário Pit Bull, de Embu (Grande São Paulo).

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