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Pit bull que matou dona em Itapira (SP) é "adotado" por ONG

Eduardo Schiavoni

Do UOL, em Americana (SP)

17/04/2013 14h48

O pit bull Lex, que matou sua dona, a farmacêutica Barbara Oliveira, 35, em Itapira (164 km de São Paulo), no dia 5 de abril, já tem novo lar. Ele foi recolhido na terça-feira, 16, do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) da cidade, onde estava em observação, pela ONG (organização não-governamental) Santuário Pit Bull, que tem sede em Embu-Guaçu (região metropolitana de São Paulo).

Conforme o UOL noticiou ontem, Lex era disputado, para adoção, por outras duas pessoas, ambas moradores em Itapira. “No tempo que ele ficou conosco, não detectamos nenhum comportamento anormal. A ONG já havia entrado em contato conosco, se colocando à disposição para adotar o animal. Como o marido não quis ver o cachorro e o pai da Barbara aceitou doar o animal, nós acertamos com a ONG e eles retiraram o cachorro ontem [terça-feira, 16]”, disse Josemary Apolinário, chefe da Vigilância Epidemiológica e do Controle de Zoonoses de Itapira.

Josemary informou que a ONG mostrou ter condições adequadas para receber o animal, com instalações privilegiadas e pessoal qualificado. “A estrutura que eles possuem é excelente. Acredito que o cão estará no melhor lugar possível para ele”, disse.

Santuário

O Santuário Pit Bull, fundado em 2010, funciona como local de hospedagem para cachorros da raça pit bull e, há um ano, começou um trabalho de resgate de cães da raça abandonados.

Segundo comunicado divulgado pela ONG, as negociações para que Lex fosse recolhido começaram logo depois da morte de Barbara. “Mesmo diante do ocorrido, a família se dispôs a oferecer uma outra chance a ele”, disse.

Ainda segundo a nota, a instituição opera no limite de atendimentos e busca doações para garantir o atendimento aos cães resgatados. “Ajudem o Lex. Precisamos urgentemente de madrinhas e padrinhos”, diz a nota.

A reportagem tentou contato com o marido de Bárbara, Rodrigo, mas ele disse, por meio de uma pessoa que não se identificou, que não queria falar com a imprensa. Lúcio Oliveira, pai de Bárbara, também foi procurado, mas a reportagem não conseguiu localizá-lo.