Maníaco da Cruz é transferido de enfermaria para presídio em Campo Grande
Dyonathan Celestrino, 21, que ficou conhecido como Maníaco da Cruz, deve ficar pelo menos um ano detido no Complexo Penitenciário de Campo Grande. Ele está isolado em um alojamento de observação no Instituto Penal de Campo Grande, anexo ao Presídio de Segurança Máxima da capital. Dyonathan estava havia dois meses internado em uma enfermaria da Santa Casa de Campo Grande, de onde foi transferido na última terça-feira (9).
A transferência, de acordo com a assessoria de imprensa da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), foi realizada para cumprir a interdição civil determinada pelo juiz Adriano da Rosa Bastos, da 1ª Vara Cível de Ponta Porã. A decisão foi baseada em laudos médicos que atestam que Dyonathan oferece risco à sociedade.
O jovem está numa ala de saúde do Instituto Penal de Campo Grande e já passou por atendimento psicossocial. A Secretaria de Estado da Saúde vai designar uma equipe de médicos psiquiatras e psicólogos, que fará avaliações complementares para definir os procedimentos a serem adotados.
Um relatório será elaborado a cada dois meses para ser enviado à Justiça, durante um ano. Esse prazo servirá como base para que o juiz que acompanha o caso verifique se será necessária a prorrogração ou não da internação no complexo penal.
De acordo com o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini, a decisão judicial será cumprida integralmente. “No momento é essencial que saibamos o modo como precisa ser tratado esse novo interno. Caso tenhamos algum problema no cumprimento dessa decisão, naturalmente informaremos ao juiz, oferecendo alternativas.”
Maníaco da Cruz foi preso no Paraguai em abril deste ano
Crimes em série
Celestrino ficou conhecido como Maníaco da Cruz em 2008, quando tinha 16 anos, depois de cometer crimes em série na cidade de Rio Brilhante (160 km de Campo Grande). Todas as vítimas – o pedreiro Catalino Cardenas, 33, a frentista Letícia Neves, 24, e a estudante Gleice Kelly da Silva, 13 – foram esfaqueadas ou estranguladas e tiveram os corpos deixados em posição de crucificação.
Ao ser preso e confessar os crimes, o jovem foi levado para a Unei (Unidade Educacional de Internação) de Ponta Porã, cidade brasileira na fronteira com o Paraguai. Pela lei, ao completar 18 anos, Celestrino poderia ganhar a liberdade, mas, pelo perfil psicopata, continuou detido até os 21 anos, quando conseguiu fugir, no dia 3 de março desse ano.
Em 29 de abril, Celestrino foi encontrado na cidade paraguaia de Horqueta, a 160 quilômetros da fronteira. Ele morava em uma pensão, tinha amigos e estudava guarani. Celestrino foi entregue pela polícia do Paraguai às autoridades brasileiras.
Como em Mato Grosso do Sul não existe hospital de custódia, a alternativa encontrada pelo Estado foi interná-lo na Santa Casa de Campo Grande, com escolta policial. Desde terça-feira, ele está no presídio.
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