Justiça decide levar a júri popular 11 acusados pela morte do jornalista Décio Sá, no Maranhão
A Justiça do Maranhão decidiu, nesta segunda-feira (26), levar a júri popular 11 dos 12 acusados pela morte do jornalista Décio Sá. A pronúncia dos réus foi feita pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís, Osmar Gomes dos Santos.
Décio Sá foi morto a tiros em abril de 2012, quando estava em um bar na avenida Litorânea de São Luís. O jornalista estava sozinho na barraca, quando um homem entrou no local, efetuou os disparos e fugiu em uma moto. Ele teria sido morto por denunciar um esquema de agiotagem no Estado. A morte teria sido encomendada por uma espécie de consórcio.
Com a pronúncia, os acusados têm agora cinco dias para recorrer da decisão e tentar evitar a realização do júri. Além dos 11 pronunciados, o Ministério Público Estadual denunciou o advogado Ronaldo Henrique Santos Ribeiro, mas que teve o processo desmembrado. A audiência de instrução ocorre no próximo dia 9 de setembro.
Serão levados a júri popular por acusação de homicídio e formação de quadrilha Jhonathan de Sousa Silva (autor confesso dos disparos), Shirliano Graciano de Oliveira, Marcos Bruno Silva de Oliveira, Elker Farias Veloso, Fábio Aurélio do Lago e Silva e José Raimundo Sales Chaves júnior.
Também serão julgados os policiais Alcides Nunes da Silva, Joel Durans Medeiros e Fábio Aurélio Saraiva Silva; e os empresários Gláucio Alencar Pontes Carvalho e José de Alencar Miranda Carvalho --os dois acusados de serem os mandantes do crime.
Outro lado
Segundo o advogado Pedro Jarbas da Silva --que defende o réu confesso Jhonathan Silva e Marcos Bruno--, a defesa de pelo menos três réus vai recorrer da decisão. "O MP pediu para impronunciar Bochecha (Fábio Aurélio Lago) e pediu para desqualificar da denúncia de homicídio os policiais Alcides e Durans. Os advogados deles têm de recorrer, porque têm grande chance de reverter", disse.
Sobre os seus dois clientes, ele informou que não vai recorrer. "Não vou porque quanto mais protelar, mais tempo vão ficar presos, pois eles estão detidos. No caso do Jhonathan, ele é réu confesso. No caso do Marcos Bruno, vamos mostrar que não é ele a pessoa que a polícia procura", afirmou o advogado.
O caso
O jornalista Décio Sá foi assassinado no dia 23 de abril de 2012, por volta das 23h, quando estava esperando amigos no bar Estrela D'Alva, localizado na Avenida Litorânea, na capital maranhense. Dois homens chegaram em uma moto, e um deles deflagrou cinco tiros contra Sá, que morreu na hora.
Após o crime, a dupla fugiu na moto, mas depois abandonou o veículo e fugiu em direção às dunas andando até a área da Curva do 90. Durante a fuga, o executor deixou o pente da pistola cair no local, e por meio dele foi reconhecida a arma usada para praticar o crime.
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