Polícia prende 15 por formação de milícia armada em Minas Gerais após protestos
A PC (Polícia Civil) de Minas Gerais abriu inquéritos criminais para apurar as responsabilidades individuais de 15 pessoas, autodenominadas punks, black blocs e que portavam cartazes com dizeres que os identificava como do grupo Anonymous, nas manifestações do Dia da Independência, em Belo Horizonte.
Eles foram presos no sábado (7) na capital mineira, durante os tumultos que se seguiram após o desfile oficial de Sete de Setembro. Presos em flagrante pela PM (Polícia Militar), os jovens são acusados de formação de milícia armada, crime inafiançável, dano ao patrimônio público e desacato à autoridade.
De acordo com a PC, o grupo de jovens está preso na Penitenciária da Gameleira Ceresp.
Os nomes dessas pessoas não foram divulgados. Eles serão apresentados à imprensa nesta segunda-feira (9).
Os distúrbios ocorreram nas proximidades do relógio da Copa, na praça da Liberdade, centro histórico da capital mineira, onde está instalado o Quartel General da PM mineira.
O grupo, de cerca de 30 pessoas, tentou depredar o relógio e investiu contra os policiais, com gestos obscenos e palavrões. Um deles abaixou a calça, ficou de costas e fez gestos ofensivos para a Tropa de Choque. Ele vai ser processado também por gesto obsceno e desacato à autoridade, além de formação de milícia armada e dano ao patrimônio.
Desfile fechado ao público
Nos tumultos após o desfile, proibido de ser assistido pela população, 56 pessoas foram detidas, incluídas as 15 pessoas ainda mantidas na prisão e que serão processadas. Do total, 11 eram menores de idade.
A manifestação reuniu cerca de 5.000 pessoas, mas se dispersou no centro da cidade. Contudo, cem pessoas, de acordo com a PM, ocuparam a praça Sete, a principal da capital mineira, e foram até o prédio da Prefeitura Municipal. A PM acompanhou de perto, com 3.000 soldados que faziam o policiamento, e ali houve os primeiros confrontos.
Os intitulados punks, black blocs e ativistas do Anonymous subiram a rua da Bahia, em direção à praça da Liberdade. Lá, nos corredores que compõem o complexo de nove museus do centro histórico de Belo Horizonte, alguns cobriram o rosto, o que foi proibido pela PM mineira nas manifestações. A Tropa de Choque da PM chegou a utilizar bombas de gás lacrimogêneo e a atirar balas de borracha contra os manifestantes.
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