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Após protesto violento em SP, oito ficam presos, diz a PM; coronel agredido deixa hospital

Policial à paisana (empunhando arma) resgata o coronel da PM Reynaldo Rossi de ataque de manifestantes, durante confronto no terminal Dom Pedro, no centro de São Paulo. Rossi teve a arma roubada no ataque, ocorrido durante protesto do Movimento Passe Livre por tarifa zero - Inacio Teixeira/Reuters
Policial à paisana (empunhando arma) resgata o coronel da PM Reynaldo Rossi de ataque de manifestantes, durante confronto no terminal Dom Pedro, no centro de São Paulo. Rossi teve a arma roubada no ataque, ocorrido durante protesto do Movimento Passe Livre por tarifa zero Imagem: Inacio Teixeira/Reuters

Do UOL, em São Paulo

26/10/2013 11h02Atualizada em 26/10/2013 20h46

Pelo menos 92 pessoas foram detidas, segundo a Polícia Militar, depois de um protesto que terminou em quebra-quebra na noite de sexta-feira (25). A manifestação fazia parte da Semana de Luta pela Tarifa Zero, pedia tarifa zero no transporte público e ocorreu na região central de São Paulo. Neste sábado (26), só havia oito pessoas ainda presas --todas estão no 2º DP (Distrito Policial), no Bom Retiro, área central. Eles foram indiciados por explosão, dano ao patrimônio público e formação de quadrilha. Três adolescentes foram apreendidos e levados à unidades da Fundação Casa.

As prisões de sexta ocorreram depois que a PM (Polícia Militar) interveio após que um grupo de black blocs começou a atacar ônibus e caixas eletrônicos, no terminal de ônibus D.Pedro 2º. O coronel da PM Reynaldo Simões Rossi foi agredido por um bando de mascarados. Ele quebrou a clavícula e foi ferido na cabeça. O oficial foi levado ao HC (Hospital das Clínicas) e liberado neste sábado.

Durante a agressão, ele teve a arma e o rádio comunicador roubados. O rádio foi achado neste sábado, segundo a PM, sem informar onde.

Um auxiliar do coronel-- um soldado da PM--  também sofreu ferimentos e recebeu atendimento médico e também já foi liberado.  

Vídeo mostra coronel da PM sendo agredido por mascarados

Paulo Henrique Santiago dos Santos, 24, comerciário -- apontado como agressor do coronel--, foi indiciado  por tentativa de homicídio,  formação de quadrilha, roubo e lesão corporal.

Um vídeo publicado na internet mostra quando mascarados agrediram o coronel.

Santos será levado para o CDP (Centro de Detenção Provisória) do Belém, na zona leste de São Paulo.

Inicialmente, a PM também indicou que Rafael Martins Mattar também seria preso pela agressão.

Mais tarde, a corporação informou que ele foi responsabilizado e liberado porque a polícia não conseguiu individualizar a ação praticada por ele.

Os advogados de Santos e Mattar não foram localizados pela reportagem.

O protesto começou no final da tarde de sexta-feira (25) e percorreu ruas da região central de São Paulo.

Por volta das 19h15, os manifestantes atravessaram o túnel do Anhangabaú em direção à avenida 23 de Maio, no sentido do aeroporto de Congonhas. E, após quinze minutos, a opção foi seguir em direção a avenida Brigadeiro Luis Antonio. 

Protesto por tarifa zero em SP acaba com terminal depredado

A invasão do terminal D.Pedro 2º ocorreu por volta das 20h. Os manifestantes gritavam "hoje não tem catraca".

Os manifestantes incentivavam que passageiros não pagassem as passagens. Na ação dos vândalos no terminal, um ônibus foi incendiado, caixas eletrônicos foram destruídos, além de equipamentos do terminal, como catracas e painéis.