Acusado de enforcar morador de rua em BH diz que fotos "não passaram de brincadeira"
Antônio Donato Baudson Peret, 25, que ficou conhecido após postar foto no Facebook em que aparece enforcando um morador de rua em Belo Horizonte, afirmou nesta segunda-feira (25), durante a primeira audiência de instrução e julgamento do caso em que é acusado de racismo e formação de quadrilha, que “as fotos não passaram de uma brincadeira”.
Peret começou a ser investigado depois que a foto circulou na internet e foi preso em abril deste ano em Americana (SP) sob acusação de racismo e formação de quadrilha. Ficou preso 192 dias e deixou a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana da capital mineira, em 23 de outubro, após a Justiça Federal conceder-lhe a liberdade provisória.
Segundo o defensor de Peret, William Fereira de Souza, o acusado negou as acusações, inclusive de pertencer a um grupo de skinheads, e afirmou ser inocente.
“Meu cliente disse em interrogatório que não é homofóbico, não é nazista, não é neonazista, nem racista e muito menos skinhead. Ele explicou também que as fotos não passaram de brincadeira”, afirmou o advogado.
Outros dois suspeitos de integrarem um grupo de skinheads, Marcus Vinícius Garcia Cunha, 26, e João Matheus Vetter de Moura, 20, participaram da audiência.
De acordo com a assessoria de imprensa da Justiça Federal em Minas Gerais, o processo corre em segredo de justiça. Assim, não serão repassadas informações sobre o andamento do júri.
Ocorrências
Ao ser preso em abril, Peret disse que o homem acorrentado sabia que era uma encenação. “Não tenho preconceito por ninguém. Não faço parte de movimento nenhum. Só acredito numa coisa: a liberdade de um acaba quando começa a do outro”, afirmou à época.
De acordo com a PM (Polícia Militar) de Minas Gerais há diversas ocorrências contra Peret, entre elas, embriaguez ao volante, agressão, lesão corporal e ameaça. Em Minas Gerais, ele responde ainda a três processos por agredir homossexuais.
De acordo com a Delegacia de Crimes Raciais de São Paulo, no Estado, são duas ocorrências por lesão corporal. Na capital paulista, em 2011, ele foi preso acusado de ter participado da agressão a um grupo skatistas na avenida Paulista.
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