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Acusado de enforcar morador de rua em BH diz que fotos "não passaram de brincadeira"

Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Belo Horizonte

25/11/2013 20h03

Antônio Donato Baudson Peret, 25, que ficou conhecido após postar foto no Facebook em que aparece enforcando um morador de rua em Belo Horizonte, afirmou nesta segunda-feira (25), durante a primeira audiência de instrução e julgamento do caso em que é acusado de racismo e formação de quadrilha, que “as fotos não passaram de uma brincadeira”.

Peret começou a ser investigado depois que a foto circulou na internet e foi preso em abril deste ano em Americana (SP) sob acusação de racismo e formação de quadrilha. Ficou preso 192 dias e deixou a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana da capital mineira,  em 23 de outubro, após a Justiça Federal conceder-lhe a liberdade provisória.

Segundo o defensor de Peret, William Fereira de Souza, o acusado negou as acusações, inclusive de pertencer a um grupo de skinheads, e afirmou ser inocente.

“Meu cliente disse em interrogatório que não é homofóbico, não é nazista, não é neonazista, nem racista e muito menos skinhead. Ele explicou também que as fotos não passaram de brincadeira”, afirmou o advogado.

Outros dois suspeitos de integrarem um grupo de skinheads, Marcus Vinícius Garcia Cunha, 26, e João Matheus Vetter de Moura, 20, participaram da audiência.

De acordo com a assessoria de imprensa da Justiça Federal em Minas Gerais, o processo corre em segredo de justiça. Assim, não serão repassadas informações sobre o andamento do júri.

Ocorrências

Ao ser preso em abril, Peret disse que o homem acorrentado sabia que era uma encenação. “Não tenho preconceito por ninguém. Não faço parte de movimento nenhum. Só acredito numa coisa: a liberdade de um acaba quando começa a do outro”, afirmou à época.

De acordo com a PM (Polícia Militar) de Minas Gerais há diversas ocorrências contra Peret, entre elas, embriaguez ao volante, agressão, lesão corporal e ameaça. Em Minas Gerais, ele responde ainda a três processos por agredir homossexuais.

De acordo com a Delegacia de Crimes Raciais de São Paulo, no Estado, são duas ocorrências por lesão corporal. Na capital paulista, em 2011, ele foi preso acusado de ter participado da agressão a um grupo skatistas na avenida Paulista.