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Governo intermedia negociações para evitar greve de aeroviários em véspera de Natal

Sabrina Craide

Da Agência Brasil, em Brasília

18/12/2013 19h57

O ministro da SAC (Secretaria de Aviação Civil), Moreira Franco, recebeu nesta quarta-feira (18) representantes do Sindicato Nacional dos Aeronautas --que representa pilotos, copilotos e comissários de voo-- para intermediar uma solução com as empresas do setor e evitar a greve da categoria, marcada para a próxima sexta-feira (20). Moreira Franco disse que está conversando com os dois lados "o tempo todo" para buscar um entendimento.

"É fundamental que haja um ambiente de entendimento, de conciliação, para que possamos servir adequadamente o passageiro brasileiro. Nós vamos ter na sexta-feira um recorde de passageiro por dia. Mais de 350 mil passageiros estarão viajando para passar as festas com as famílias, então é importante que não tenha nenhum conflito, nenhuma tensão", disse o ministro à "Agência Brasil".

Os aeronautas pedem um reajuste de 8% nas cláusulas econômicas, além de avanços sociais como aumento de folgas e a possibilidade de o tripulante se locomover em aeronaves de outras empresas. A proposta das empresas prevê reajuste do piso salarial em 7%, aumento de 5,6 % dos salários até R$ 10 mil e, em valor fixo, elevação de R$ 560 dos salários acima de R$ 10 mil, além de aumento de 8% no vale-refeição. O reajuste proposto no valor do vale-alimentação e demais cláusulas econômicas é 5,60%.

O vice-presidente do sindicato, José Adriano Castanho, que participou da reunião com Moreira Franco, disse que a categoria busca um acordo para evitar a greve. Segundo ele, o maior impasse está na discussão das cláusulas sociais, especialmente sobre o aproveitamento das horas disponíveis dos aeronautas e as condições em que eles ficam nos aeroportos.

O encontro foi intermediado pelo presidente da Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia, deputado Jerônimo Goergen (PP-RS). "Eu acredito que um empurrão do governo pode facilitar as coisas. A diferença entre o oferecido pelas empresas e a proposta final do sindicato está muito próxima. Com bom-senso, as duas partes podem chegar num consenso", destacou o parlamentar.