Governo de SP se compromete a criar espaços de lazer para atender "rolezeiros", diz associação lojista
Fabiana Maranhão
Do UOL, em São Paulo
22/01/2014 10h59Atualizada em 22/01/2014 12h53
O governo do Estado de São Paulo se comprometeu a tomar medidas para atender as reivindicações dos jovens por espaços de lazer, afirmou nesta quarta-feira (22) o presidente da Alshop (Associação Brasileira de Lojistas de Shopping), Nabil Sahyoun. O compromisso foi assumido durante uma reunião de representantes da Alshop com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), realizada na noite desta terça-feira (21).
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Autoridades comentam rolezinhos nos shopping centers
Segundo ele, a ideia é que os jovens tenham outros lugares de confraternização para que os centros comerciais não recebam grupos tão grandes.
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"O governador disse que nas próximas semanas secretarias vão realizar um levantamento de áreas disponíveis no Estado que possam abrigar festas e outros eventos culturais", relatou Sahyoun.
"Os shoppings estão à disposição para ajudar a organizar os eventos, podendo estebelecer algum tipo de patrocínio dentros dessas áreas", acrescentou.
Sahyoun afirmou que no próximo dia 29 vai se reunir em Brasília com o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e outros ministros para discutir o tema. A associação também terá encontros com a Prefeitura de São Paulo e a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
'Bandos'
Os shoppings estão abertos à população, sem restrição, afirmou o presidente da Alshop. No entanto, ele disse que "bandos" não serão tolerados.
"Todas as pessoas são bem-vindas aos shoppings do Brasil, sem distinção de qualquer tipo de pessoa da sociedade brasileira.[...] Os shoppings estão abertos. Não existe restrição, não existe segregação de forma alguma", disse Sahyoun. Ele destacou que "qualquer um pode entrar".
O presidente da associação disse, no entanto, que a entidade é contra aglomeração dentro dos shoppings. "Vocês não poderão entrar em 'bando', mas individualmente todos poderão entrar.[...] Não podemos permitir que 2.000, 3.000 pessoas entrem ao mesmo tempo", enfatizou.
Prejuízos
A Alshop estima que o movimento nos estabelecimentos em dias de "rolezinhos" tenha caído pelo menos 25%, afetando o faturamento das lojas.