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Após banhistas serem internados, praia de Búzios (RJ) continua interditada

Praia da Tartaruga foi interditada após 60 banhistas terem sido hospitalizados e substância estranha ser encontrada - Zilna Cabral/Agência O Dia/ Estadão Conteúdo
Praia da Tartaruga foi interditada após 60 banhistas terem sido hospitalizados e substância estranha ser encontrada Imagem: Zilna Cabral/Agência O Dia/ Estadão Conteúdo

Flávia Villela

Da Agência Brasil, no Rio

24/02/2014 14h57

A Praia da Tartaruga, em Búzios, Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro, interditada desde a última sexta-feira (21), será liberada somente após os resultados dos exames da água do mar, que devem sair ao longo desta semana, informou o secretário do Ambiente, Índio da Costa.

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O secretário recebeu nesta segunda-feira (24) o prefeito de Búzios, André Granado, para definir medidas capazes de evitar casos similares de contaminação no futuro. Na quinta-feira (20), ao entrar no mar, banhistas sentiram enjoo, ardência nos olhos e queimação nas vias respiratórias.  Segundo ele, a poluição da água pode ter sido causada pelos transatlânticos que passam pela cidade, pelo vazamento de esgoto ou pela morte de algas.

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“Com esses resultados, saberemos que tipo de problema é, qual o impacto verdadeiro. A reunião foi feita para criarmos um ponto de contingência com mais agilidade no caso de qualquer plano ambiental que haja em Búzios”, disse ele.

O prefeito informou que está autorizado o embarque de dois navios transatlânticos por dia na cidade e que, por enquanto, é especulação atribuir a poluição das águas da Tartaruga a um navio. “A vocação de Búzios é um turismo selecionado, pois [o município] não tem estrutura para atender a turismo de massa, mas há segmentos que comprovadamente se beneficiam com os navios, como restaurantes, transportes, suvenires”, comentou ele. “Teremos de fazer estudos para avaliar os critérios para definir de que forma poderemos proteger a cidade de um impacto urbano importante.”

Na reunião ficou acertada a elaboração de um estudo sobre o impacto da presença dos transatlânticos em Búzios e sobre o número de passageiros destes navios que a cidade pode comportar diariamente. “Hoje sabemos o número de navios, mas se os dois tiverem 5 mil pessoas, são 10 mil. Se forem mil passageiros em cada navio, são 2 mil pessoas por dia, um terço do impacto”, ressaltou Índio da Costa.

Na quinta-feira, 34 pessoas que estavam com intoxicação foram atendidas no hospital municipal. Todas foram liberadas no dia seguinte. Apenas a Praia da Tartaruga esta interditada – as demais estão liberadas para os banhistas.

Foram feitos dez exames na água no navio que passou pela praia na quinta-feira passada.