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Após 7 anos, patrão e ex-empregado dividem R$ 40 mi da Mega-Sena

Renan Antunes de Oliveira

Do UOL, em Florianópolis

27/02/2014 15h03

Um acordo entre o patrão e o ex-empregado acertadores do concurso da Mega-Sena 898, de 2007, encerrou sete anos de disputa na justiça pelos R$ 27,7 milhões do prêmio. Enquanto esteve retido na Caixa Econômica Federal à espera de uma decisão, o valor corrigido ultrapassou os R$ 40 milhões. Os dois envolvidos decidiram dividir o dinheiro, para evitar mais espera.

O bilhete premiado saiu em Joaçaba, a 470 quilômetros de Florianópolis. O patrão entrou com o dinheiro e ex-empregado com o palpite, mas os dois se desacertaram na hora de receber o prêmio.

O empresário Altamir José da Igreja, caminhoneiro e dono de uma pequena serralheria, e o marceneiro Flávio Bassi Junior fizeram o jogo juntos, combinando que dividiriam em partes iguais caso vencessem. O bilhete ficou com o patrão.

Quando os números foram sorteados, Igreja ligou para o pai de Bassi e disse que lhe daria apenas uma motocicleta. Em seguida, sacou R$ 2 milhões e saiu da cidade.

Bassi foi à justiça de primeira instância, em Joaçaba. O dinheiro foi bloqueado. Altamir Igreja voltou à cidade e, em sua defesa, alegou que os números eram uma combinação das datas de nascimento dos filhos.

Em segunda instância, a disputa foi para o Tribunal de Santa Catarina. Flávio Bassi venceu, provando que os números eram do seu telefone celular.

O caso subiu ao Superior Tribunal de Justiça. Em 2012, o STJ decidiu pela divisão do prêmio em partes iguais. Não satisfeito, Igreja recorreu da sentença. Passou-se mais um ano e meio até a publicação da decisão, que devolveu o processo à Vara de Joaçaba para a divisão judicial.

No período, Altamir Igreja mudou-se para o interior do Paraná. Flávio Bassi, agora com 31 anos, mudou-se para Catanduvas, no interior catarinense.

Para a decisão final, acertada na quarta-feira (26), apenas os advogados das duas partes compareceram ao juizado de Joaçaba para selar o acordo, encerrando a disputa. O juiz autorizou a Caixa Econômica Federal a liberar o dinheiro retido.