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Rio Acre volta a subir e Rio Branco já tem mais de 3.000 desabrigados

Eduardo Duarte

Do UOL, em Rio Branco (AC)

11/03/2014 15h21

Subiu para mais de 3.000 o número de desabrigados pela cheia do rio Acre, que atingiu o nível de 16,62 m na manhã desta terça-feira (11). Segundo o boletim oficial da Prefeitura de Rio Branco, mais de 900 famílias estão alojadas em dois abrigos públicos. A situação, porém, deve melhorar nos próximos dias.

De acordo com o tenente coronel George Santos, coordenador da Defesa Civil municipal, a cheia “perdeu força” e há previsão de vazante para os próximos dias. A situação, porém, ainda é preocupante devido ao volume de seus afluentes. “O Riozinho do Rola, um dos principais fluentes do Rio Acre, está quase um metro acima do nível do Acre”, relatou.
Está é a terceira vez que o Rio Acre transborda em 2013. Na última segunda-feira (10), o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, alterou o decreto de emergência e amplicou o atendimento prioritário para 18 bairros e 25 comunidades rurais do município.

As primeiras famílias desabrigadas pela cheia chegaram ao Parque de Exposições Marechal Castelo Branco no dia 1º de fevereiro e ainda não tem previsão de quanto retornaram aos seus lares.

De novembro de 2013 a março de 2014, a bacia do Rio Acre já recebeu mais de 1.400 mm de chuva. Em janeiro de 2014, esse volume de chuva foi 39% acima da média histórica para o período. 

Rondônia
Em Rondônia, o Rio Madeira atingiu a cota de 18,95 m, segundo informação da Agência Nacional de Águas (ANA). O último boletim do Corpo de Bombeiros informou que 2.248 famílias já foram atingidas pela cheia e 470 famílias estão alojadas em 42 abrigos públicos.

A cheia do Rio Madeira também reduziu o tráfego de veículos na BR-364, único acesso rodoviário do estado do Acre com o restante do país. Com a interdição parcial da BR, o governador Tião Viana decretou no dia 26 de fevereiro situação de emergência diante do risco de desabastecimento. 

Amazonas
No Amazonas, mais de 25.200 pessoas já foram afetadas pela cheia dos rios e mais de 20 mil estão desalojados, segundo boletim oficial da Defesa Civil. Ao todo, seis cidades estão em situação de emergência: Pauní, Guajará, Ipixuna, Boca do Acre, Envira e Lábrea no Amazonas e o município de Manicoré em alerta máximo. Canutama, Novo Aripuanã, Eirunepé estão em estado de atenção.

Na calha do Rio Madeira, a previsão é de fortes chuvas até o dia 13 março. “Existe a possibilidade de toda a calha do rio Madeira ser afetada de forma intensa em suas áreas rurais e urbanas, uma vez que o município de Humaitá é mais elevado em relação ao nível do mar”, informou a Defesa do Civil.

No Amazonas, a Defesa Civil, busca apoio junto ao governo Federal para viabilizar as ações que dependem do transporte aéreo.