Padrasto condenado a 26 anos pela morte de enteado em Santa Catarina
O Tribunal do Júri de Joinville condenou Marcelo Buss Bernardes, 42, a 26 anos e oito meses de cadeia pela morte do enteado Ítalo Mattos, de um ano e sete meses, crime ocorrido em março de 2012. A mãe do menino morto, Michelly Fernandes, 34, testemunhou em defesa de Bernardes, sem convencer os jurados.
O julgamento começou na quinta-feira, durou 13 horas e terminou na madrugada desta sexta (21), em Joinville (194 km de Florianópolis).
Segundo o Ministério Público (MP), o padrasto do menino estava sozinho em casa com a criança na noite em que ela sofreu traumatismo craniano, em 9 de março de 2012. A perícia revelou duas fraturas na cabeça, na testa e na nuca, além de múltiplas machucaduras.
Bernardes alegou que o enteado caíra da cadeira enquanto assistia videos no computador, num momento em que ele lavava louça --Michelly estava no trabalho.
A defesa dele no inquérito policial e no tribunal foi sempre a de um acidente doméstico. O MP apresentou laudos do Instituto Geral de Perícias para sustentar a acusação de crime.
Segundo o inquérito, a mãe de Ítalo chegou em casa às 3h30 e o encontrou agonizando na cama. Ela e o padrasto o levaram a um hospital, mas tarde demais.
Bernardes foi preso na mesma noite. Ele esperou o julgamento na cadeia. Michelly, sempre acreditando na versão do marido, usou o direito das visitas conjugais na prisão para engravidar dele --hoje o casal tem um menino de 10 meses.
Michelly chorou ao ouvir a sentença. Ela disse que "meu marido não teve culpa, foi um acidente, queríamos a absolvição para recomeçar nossa vida". O advogado dele anunciou que vai recorrer da sentença.
Leonardo Mattos, ex de Michelly e pai do Italo, disse que "a condenação foi justa". Bernardes saiu do tribunal para o Presídio Regional de Joinville.
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