Sem PM e com boatos, baianos "antecipam" feriadão; 34 são presos
A greve da Polícia Militar fez com que os baianos antecipassem a rotina de ruas vazias do feriadão. Nesta quarta-feira (16), faculdades e escolas tiveram aulas suspensas, lojas e shopping ficaram fechados e os ônibus foram recolhidos às garagens no fim da tarde. Boatos e arrastões também foram registrados, com 34 acusados presos.
Os militares pedem, entre outras coisas, a mudança do projeto de novo regimento interno da polícia, aumento na gratificação da CET (Condições Especiais de Trabalho), e a criação de regime remuneratório por subsídio para os militares. O governo se reúne ainda nesta noite com lideranças para tentar chegar a um acordo.
Quem saiu de casa percebeu que o trânsito estava calmo e sem congestionamentos. “Hoje, Salvador passaria como um feriado. Poucas pessoas nas ruas e muitas empresas fechadas”, disse o empresário Gustavo Costa Acioli.
Às 18h, os coletivos --que circularam de forma reduzida durante o dia-- ficaram nas garagens, após acordo da categoria. Segundo o diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, vários ônibus foram alvo de saques e arrastões. “Mesmo sabendo que homens do Exército estão nas ruas, estamos nos sentindo inseguros", complementou.
Todos os shoppings da capital baiana decidiram fechar mais cedo. Boa parte das lojas nos bairros sequer abriram as portas. Ainda na terça-feira à noite, após o anúncio da greve, universidades e escolas anunciaram que as aulas estavam suspensas e só retornam na terça-feira (22).
Eventos também foram suspensos ou cancelados, a exemplo da estreia da estreia da peça "A Paixão de Cristo", que ocorreria nesta noite. Bares e casas de shows também anunciaram que cancelaram todas as apresentações previstas. A prefeitura informou que, nesta quinta-feira (17), as repartições fecham as portas por ser ponto facultativo.
Prisões e boatos
Durante o dia, a Polícia Militar prendeu pelo menos 34 pessoas acusadas de arrastões durante a noite de terça e esta quarta-feira em Salvador. No bairro da Liberdade, 26 pessoas foram presas, acusadas de arrombamentos e saques a estabelecimentos comerciais. Elas estavam com roupas, eletrodomésticos e outros itens que foram recuperados e devolvidos aos comerciantes. Mais cedo, oito pessoas foram presas por tentarem promover arrastão na orla.
Outra preocupação das autoridades foi desmentir boatos, como um possível arrastão na avenida Sete e a invasão à sede da cavalaria em Feira de Santana. Para isso, o governo usou a hashtag “#émentira” nas redes sociais oficiais para orientar a população.
Em nota, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) na Bahia criticou os boatos e pediu que governo e policiais cheguem logo a um acordo e “combatam a disseminação de boatos, especialmente pela internet, evitando provocar pânico na população e os prejuízos dele decorrentes.”
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