Exército fica na Bahia por mais uma semana; "sequela ficou", diz Wagner
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), afirmou que o comando das operações de segurança no Estado continuará com o Exército pelo menos até a próxima semana, mesmo com a decisão, nesta quinta-feira (17), do retorno ao trabalho dos policiais militares em greve.
Os cerca 6.000 militares que chegaram ao Estado também vão permanecer. “Espero que até o meio da semana que vem tenhamos a normalidade absoluta de volta. Até lá, as tropas permanecem em solo baniano, e espero que seja possível levantar a garantia da lei e da ordem até a terça, quarta da próxima semana”, disse, em entrevista à Globo News.
Apesar do fim da paralisação, que durou menos de 48 horas, o governador deixou claro sua insatisfação com a greve e disse que ficaram marcas ao Estado.
“A sequela ficou, as sequelas de assaltos, de aumento de homicídios. Estamos num esforço muito grande para reduzir mortes. Conseguimos reduzir 8% no ano passado. Nesse primeiro trimestre caiu mais 16%. É uma irresponsabilidade muito grande deixar a cidade abandonada. O texto constitucional é claro que eles não podem fazer greve”, afirmou.
Somente nesta quarta-feira (16), 21 pessoas foram mortas na Grande Salvador. Na terça-feira (15), foram 60 roubos ou furtos de carros. Dezenas de lojas e estabelecimentos foram saqueados no período de paralisação da PM.
Para Jaques Wagner, a declaração de ilegalidade da greve foi fundamenta para o fim da paralisação. “Acho que foi fundamental a ação rápida do governo federal, dos ministérios público estadual e federal, da Justiça que determinou a ilealidade da greve, com multas pesadas para as associações e a própria condenação da opinião pública, que viu que não se pode deixar a cidade abandonada. É claro que isso fez com que percebessem o caminho aberto e tomassem a decisão de retorno”, alegou.
Sobre a proposta, o governador disse que nada foi oferecido de novo aos militares e que 98% do que foi assinado pelas associações já havia sido apresentado na terça-feira, justamente para evitar a paralisação.
Wagner também disse que não descarta punição aos líderes da greve. “Não estamos inspirados em rancor, mas os excessos serão punidos. Em 2012, tivemos várias excessos. Nessa, além do excesso da paralisação, não teve nenhuma manifestação desse tipo, mas você está vendo as imagens sobre o que se abateu em Salvador. Foi um mal intolerável”, afirmou.
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