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Postos de gasolina são o maior vilão por contaminação do solo em SP

Do UOL, em São Paulo

03/06/2014 14h14

No Estado de São Paulo, mais de 4 mil áreas estão contaminadas por produtos tóxicos, como combustíveis, gases, metais e solventes. Os dados da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), divulgados nesta terça-feira (3) e atualizados até dezembro de 2013, trazem um total de 4.771 áreas, 199 a mais em comparação com os números de dezembro de 2012, o que representa um aumento de 4,2%. Segundo o relatório, 425 áreas antes contaminadas foram reabilitadas.

O postos de combustíveis são os maiores responsáveis pela contaminação do solo, com 3.597 casos, número que representa 75% do total. A atividade industrial aparece em segundo lugar, com 768 registros (16%). Outras causas são atividade comercial (5%), descarte de resíduos (3%), acidentes, agricultura ou causa desconhecida (1%).

O levantamento incluí três novas áreas entre treze terrenos apontados como de contaminação crítica, onde há risco iminente à população ou que provocam inquietação devido ao grande fluxo de pessoas.

O terreno do shopping Center Norte, onde antes funcionava um lixão, continua entre essas áreas críticas. O shopping chegou a ser interditado pela prefeitura em 2011 por causa da alta concentração de metano.

A Cetesb incluiu na relação de áreas críticas a favela Espírito Santo, em Santo André, onde antes existia um lixão; o bairro de Itatinga, em São Sebastião, contaminado por derivados de petróleo; e uma área industrial no município de Porto Feliz.

O postos de combustíveis são os maiores responsáveis pela contaminação do solo, com 3.597 casos, número que representa 75% do total. A atividade industrial aparece em segundo lugar, com 768 registros (16%). Outras causas são atividade comercial (5%), descarte de resíduos (3%), acidentes, agricultura ou causa desconhecida (1%).

Só a cidade de São Paulo possui quase o mesmo número de áreas contaminadas de todo o interior do Estado. Na capital, foram 1.665 casos (34,9%), contra 1.677 registros (35,2%) no interior. Na relação dividida por regiões, a Grande São Paulo possui 17% das áreas contaminadas, o litoral 7% e o Vale do Paraíba 6%.

Segundo a Cetesb, a contaminação pode gerar problemas à saúde, comprometer recursos hídricos, restringir o uso do solo e causar danos ao patrimônio público e privado e ao meio ambiente. No primeiro levantamento da série realizado pela companhia, em maio de 2002, foram registrados 255 áreas contaminadas. A elevação ao longo dos anos deve-se ao aumento do número de confirmações de contaminação.