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Termina greve de ônibus em Curitiba

Terminais de ônibus amanheceram vazios em Curitiba nesta sexta-feira (27) - Vagner Rosario/Futura Press/Estadão Conteúdo
Terminais de ônibus amanheceram vazios em Curitiba nesta sexta-feira (27) Imagem: Vagner Rosario/Futura Press/Estadão Conteúdo

Osny Tavares

Do UOL, em Curitiba

27/06/2014 19h59

Os cobradores de ônibus de Curitiba e região decidiram encerrar a greve no transporte coletivo da cidade. A decisão foi tomada após audiência de mais de cinco horas entre o Sindimoc (Sindicato dos Motoristas e Cobradores), o Setransp (Sindicato das Empresas de Transporte) e a prefeitura na sede do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) em Curitiba.

Ficou acertado que a partir da 0h de sábado (28) os ônibus voltarão a circular normalmente, com cobrança de passagem. A greve foi deflagrada na quinta (26) pelos cobradores, exigindo melhores condições de trabalho.

No primeiro dia de paralisação, o sistema operou com “catraca livre”, sem a cobrança de passagem, o que gerou um prejuízo de R$ 2,45 milhões para a prefeitura.

Nesta sexta, a intenção era fazer mais um dia de catraca livre. Porém as empresas não permitiram a saída dos ônibus somente com motorista e Curitiba amanheceu completamente 100% ônibus.

No fim da manhã, uma decisão do TRT havia ordenado a volta de 100% dos ônibus, com cobrança de passagem em, no mínimo, 50% dos veículos. Até as 18h30, somente 43% da frota havia voltado a rodar, segundo acompanhamento da prefeitura.

Não haverá desconto de salário dos trabalhadores para os dias parados, porém o Setransp poderá apurar se houve excessos relativos à Lei da Greve.

Os cobradores exigiam a melhoria nas condições das estações-tubo: reclamam que são desprotegidas contra o frio, não têm banheiro e apresentam problemas de infiltração. Também exigem a distribuição do “kit inverno”, com roupas de frio e manta, fim dos descontos no salário de dinheiro perdido em assalto e aumento do valor do vale-refeição.

A Urbs, empresa pública que administra o transporte em Curitiba, junto com a Setransp e o Sindimoc, sugeriram a criação de uma comissão para estudar melhorias na estrutura. As partes entenderam que não restou nenhuma pendência nas negociações e deram o dissídio coletivo por encerrado.