Mulher diz crer que cotovelada foi motivada por ciúme de vizinha
A auxiliar de produção Fernanda Regina Cézar Santiago, 30, que foi agredida com uma cotovelada na madrugada do dia 16 de agosto, teve traumatismo craniano e chegou a ficar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em São Roque (a 66 km de São Paulo), disse que não é "uma pessoa de arrumar briga". "Essa pessoa [que me agrediu] já estava cismada comigo. Não me recordo o que falei para ele. Quando fui para o hospital, não me lembrava. Só pelas imagens."
Homem é preso após agressão
O dia do crime
A Polícia Civil de São Roque já iniciou as oitivas de testemunhas. Segundo a delegada Priscila de Oliveira, ninguém ainda soube dizer o que causou a discussão. "Algumas testemunhas disseram que a vítima estava falando alto e mexendo com pessoas que passavam pela rua antes da agressão, mas ninguém soube dizer o que ocorreu."
Segundo ela, em depoimento, Oliveira disse que Fernanda estava alterada e que teria xingado ele e o irmão. “Ele diz que deu a cotovelada para afastá-la, não para machucá-la”, afirmou a delegada.
De acordo com Ademar Gomes, advogado da família da vítima, a intenção da família é processar Oliveira também civilmente. “Ele terá de arcar com os custos dos procedimentos médicos e será acionado para que pague danos morais e materiais”, disse. “Esse senhor é descontrolado, já demonstrou que não pode viver em sociedade."
Segundo a polícia, Oliveira tem passagem por contravenção penal por envolvimento com máquinas caça-níqueis. O comerciante também tem registro de um roubo no qual matou o ladrão, mas, por ser considerado legítima defesa, ele não respondeu pelo crime.
Outro lado
A reportagem do UOL procurou na terça-feira (2) o advogado de Oliveira, Claudio Alberto Alves, mas não conseguiu falar com ele. Também foram feitas ligações para o escritório dele, sem sucesso. Em nota enviada à imprensa, no entanto, ele informou que seu cliente está “abalado e chorando”. Ele também está preocupado com a mãe e tem perguntado sobre o estado de saúde de Fernanda.
A reportagem também havia tentado contato com a família do acusado e falou com um cunhado de Oliveira, que se identificou como Márcio, mas ele não quis comentar o caso. Na semana passada, entretanto, o irmão dele, Amilton de Oliveira, afirmou, em entrevista à imprensa da região de Sorocaba, que a família está chocada com o que ocorreu. "Ele chora muito. Pediu para gente ver com a família dela tudo o que precisar, porque ele não é esse monstro que estão falando que ele é. É um trabalhador."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.