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Mulher agredida por cotovelada pode ficar com danos permanentes, diz irmão

Fernanda Regina Cézar Santiago, 30, que foi agredida após uma festa - Robson Ventura/ Folhapress
Fernanda Regina Cézar Santiago, 30, que foi agredida após uma festa Imagem: Robson Ventura/ Folhapress

Eduardo Schiavoni

Do UOL, em Americana (SP)

06/11/2014 17h42

Eduardo Cézar Santiago, irmão da auxiliar de produção Fernanda Regina Cézar Santiago, 30, atingida com uma cotovelada na cabeça na saída de uma festa em São Roque (66 km de São Paulo), em 16 de agosto, informou que a irmã ainda está “abobalhada” e que “não fala coisa com coisa”. Ainda segundo ele, as sequelas que ela apresenta podem ser permanentes.

Fernanda teve traumatismo craniano e ficou internada até 1º de setembro. Ela foi agredida pelo comerciante Anderson Lúcio de Oliveira, 35. Ele está preso e já foi indiciado por tentativa de homicídio qualificado, já que a vítima não teve chance de defesa, segundo a polícia.

A primeira audiência do julgamento será em 11 de novembro, na próxima terça-feira (11).

Segundo Eduardo, os médicos avaliam a situação de Fernanda. “Eles disseram que não descartam danos permanentes. Por enquanto, ela continua fazendo trabalho com a psicóloga e com a equipe médica.

“A recuperação dela não está sendo plena, ela ainda apresenta lapsos, não sabe direito o que fala. E sente dores constantes e muita tontura”, disse.

Justiça

Segundo Luiz Pires de Moraes Neto, advogado do acusado, a próxima audiência irá decidir se o seu cliente irá a júri popular.

Além disso, a estratégia deve ser tentar desclassificar o crime de tentativa de homicídio para lesão corporal, que tem pena mais branda. Enquanto aguarda a audiência, Oliveira está preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Sorocaba.

De acordo com Ademar Gomes, advogado da família da vítima, a intenção é processar Oliveira também civilmente.

"Ele terá de arcar com os custos dos procedimentos médicos e será acionado para que pague danos morais e materiais", disse.  A reportagem tentou contato com a família do acusado e falou com um cunhado de Oliveira, que se identificou como Márcio, mas ele não quis comentar o caso.