Paralisação parcial de ônibus afeta até 180 mil usuários em BH

Cerca de 180 mil usuários de ônibus de Belo Horizonte enfrentaram nesta segunda-feira (8) uma paralisação parcial feita por motoristas e cobradores, que cobram pagamento de participação nos lucros das empresas concessionárias do serviço.

A BHTrans, empresa que gerencia o sistema de transporte público em Belo Horizonte, informou que as estações Pampulha, São Gabriel e Venda Nova voltaram a funcionar normalmente. A estação Vilarinho não foi afetada pelo movimento deflagrado pelos motoristas e cobradores nesta segunda-feira (8).

As estações Diamante e Barreiro continuam paralisadas desde cedo. Na região, apenas as linhas administradas pelo DER- MG (Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais) estão com atendimento normal.

Conforme a BHTrans, agentes do órgão e da Guarda Municipal estão nos locais para orientar os usuários. A Polícia Militar não registrou, até o momento, nenhuma ocorrência relativa ao movimento.

Descumprimento de acordo

O Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário de Belo Horizonte e Região informou que os donos de empresas que exploram o serviço na cidade teriam descumprido acordo feito em Convenção Coletiva de Trabalho, em março deste ano, no qual foi firmado o pagamento de participação nos lucros e resultados. Conforme a entidade, o pagamento teria que ter sido feito até o quinto dia útil deste mês.

No entanto, ainda conforme o sindicato representativo dos trabalhadores, um ofício foi enviado pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Belo Horizonte informando sobre a impossibilidade de fazer o pagamento na data prevista.

A assessoria do Setra-BH informou ter enviado pedido ao sindicato dos trabalhadores solicitando o adiamento da data do pagamento da parcela acordada. Conforme o setor, o sindicato patronal alega que o sistema está operando no vermelho e um ofício teria sido encaminhado à BHTrans para que ela avaliasse a questão.

Em nota, a empresa controladora do sistema informou ao UOL que os assuntos pertinentes à paralisação deflagrada no dia de hoje são de responsabilidade exclusiva dos sindicatos dos patrões e dos empregados.