Greve de ônibus no DF entra no 3º dia; audiência de conciliação é marcada
![Greve afeta 1 milhão de pessoas em todas as regiões do DF - Antônio Cruz/Agência Brasil](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/2015/06/08/8jun2015---passageiros-se-concentram-em-terminal-de-onibus-em-brasilia-apos-cerca-de-12-mil-rodoviarios-do-distrito-federal-entrarem-em-greve-nesta-segunda-feira-8-os-trabalhadores-reivindicam-um-1433781161323_615x300.jpg)
A greve dos rodoviários do Distrito Federal entra nesta quarta-feira (10) no terceiro dia. A categoria pede reajuste de 20% nos salários e de 30% no auxílio-alimentação e na cesta básica, além da manutenção dos planos de saúde. Os empresários ofereceram 8,34% de reajuste salarial.
Sem acordo, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) marcou para esta manhã uma audiência de conciliação e instrução entre rodoviários e empresas.
A audiência foi marcada depois que as empresas entraram com pedido de reconhecimento da ilegalidade da greve com base na decisão do TRT que determinou, em caráter liminar (decisão provisória), a circulação de 70% dos ônibus, nos horários de pico, e de 50% nos demais horários, sob multa diária de R$ 100 mil ao sindicato da classe. A reunião será conduzida pelo desembargador André Damasceno.
O dissídio coletivo de greve é um tipo de ação utilizada para a resolução de conflitos entre partes que mantêm relações trabalhistas quando as possibilidades de negociação direta entre elas estão totalmente esgotadas.
No primeiro passo do processo da audiência, rodoviários e empresários serão incentivados a celebrar um acordo. Caso o impasse continue, a Justiça poderá impor uma solução às partes, além de se manifestar sobre a legalidade do movimento grevista.
A pedido da Justiça, o governo do Distrito Federal enviou relatório sobre a greve apontando que nenhum ônibus deixou as garagens das cinco empresas de transporte coletivo de Brasília durante a paralisação.
Cerca de 2.700 veículos permanecem parados e a greve afeta 1 milhão de pessoas em todas as regiões do DF, segundo o governo.
Sem ônibus, a população teve que recorrer ao transporte pirata – veículos sem licença para conduzir passageiros –, ao metrô ou a tirar o carro da garagem.
A todo momento, é possível ver ônibus, micro-ônibus e vans piratas circulando pelas diversas regiões do DF. Os preços cobrados, nesse caso, chegam a R$ 10, dependendo do horário de circulação. O preço da tarifa no DF varia entre R$ 1,50 e R$ 3.
O Metrô-DF informou que colocou a quantidade máxima de trens em circulação nos horários de pico: 26. Com isso, 2.800 pessoas a mais podem fazer cada viagem programada.
O volume de passageiros teve um acréscimo de cerca de 30% por conta da greve, segundo a companhia. Para tentar diminuir o impacto no trânsito, o governo liberou até o meio-dia para os carros as faixas exclusivas de ônibus das principais vias do DF.
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