Vítima de estupro coletivo no PI tem alta médica adiada após mal-estar
A única das adolescentes que foram vítimas de estupro coletivo em Castelo do Piauí, no dia 27 de maio, e que segue internada teve alta médica adiada, nesta segunda-feira (29), após apresentar quadro de mal-estar.
Segundo a assessoria do HUT (Hospital de Urgência de Teresina), a adolescente poderia ter recebido alta já na sexta-feira (26), mas acabou sendo adiada porque ela não havia tomado a coquetel antirretroviral, como é praxe de conduta para vítimas de estupro.
A medicação foi dada no sábado (27), e a alta médica ficou prevista para esta segunda-feira. Porém, nesta manhã, ela apresentou sintoma de náusea e vômitos, ainda como efeito colateral dos remédios. Com o quadro, os médicos decidiram mantê-la internada por precaução. Uma nova avaliação da jovem está marcada para o fim da manhã dessa terça-feira (30).
Ainda segundo o hospital, a adolescente já apresenta evolução clínica satisfatória, fala, caminha e se alimenta normalmente. Quando foi internada, a jovem de 17 anos estava com traumatismo craniano e lesões pelo corpo. Na quinta-feira (25), a jovem havia deixado o hospital para prestar depoimento à polícia sobre o caso.
Das quatro adolescentes atacadas e socorridas, além da jovem internada, duas tiveram alta e a outra morreu. A garota que segue internada ainda não sabe que sua amiga Danielly Rodrigues Ferreira, 17, faleceu no dia 7 de junho.
O caso
As adolescentes com idades entre 15 e 17 anos foram estupradas quando subiam o Morro do Garrote, ponto turístico de Castelo do Piauí. Elas foram dominadas por quatro adolescentes e um homem de 40 anos, que as amarraram em árvores e espancaram com pontapés, pedradas e pauladas.
Após ficarem desacordadas, foram estupradas, arrastadas e jogadas de cima de um penhasco da altura de um prédio de três andares. Exames de DNA comprovaram a autoria do estupro.
O Ministério Público do Piauí denunciou os menores à Justiça por atos infracionais análogos a estupro qualificado (contra menor de 18 anos), homicídio com cinco qualificadores (motivo torpe, tortura acometida por meio cruel, impossibilidade de defesa das vítimas, ocultação do crime de estupro e feminicídio), tentativa de homicídio e associação criminosa. Caso sejam condenados, os adolescentes só poderão ficar internados por até três anos.
Já Adão José da Silva Sousa, 40, o único adulto envolvido, foi denunciado por porte ilegal de arma, estupro qualificado, homicídio com as mesmas cinco qualificadoras, tentativa de homicídio, corrupção de menores e associação criminosa com aumento de pena por envolvimento de menores. Caso seja condenado por todos os crimes, ele poderá pegar 151 anos e 10 meses de prisão, segundo cálculos do MPE.
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