Polícia realiza operação contra suspeitos de chacina na Grande São Paulo
Do UOL, em São Paulo
08/10/2015 07h54Atualizada em 08/10/2015 13h07
Uma operação realizada nesta quinta-feira (8) busca suspeitos pela chacina que deixou 19 pessoas mortas em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, no dia 13 de agosto, informa a SSP (Secretaria de Segurança Pública).
Estão sendo cumpridos seis mandados de prisão e 28 de busca e apreensão em 36 localidades da região metropolitana da capital paulista. Os mandados foram expedidos pela Justiça Criminal de Osasco e pela Justiça Militar. Ao menos nove pessoas tinham sido presas até o começo da tarde de hoje, sendo oito PMs e um guarda civil.
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A operação é promovida em conjunto pela Polícia Civil, Corregedoria da Polícia Militar, a própria PM, além do Ministério Público Estadual. De acordo com a SSP, ao todo, 457 policiais estão envolvidos na ação, "para a garantia da realização simultânea dos mandados judiciais".
A secretaria informou, por meio de nota, que mais detalhes sobre a operação e a investigação só serão fornecidos no período da tarde em entrevista à imprensa na sede da SSP, no centro de São Paulo.
Chacina
Há quase dois meses 18 pessoas foram mortas em um intervalo de três horas em Osasco e Barueri. Duas semanas depois, uma adolescente de 15 anos, que tinha ficado ferida nos ataques e estava internada, não resistiu aos ferimentos e morreu, elevando para 19 o número de vítimas.
Das 19 vítimas, seis tinham passagens criminais por delitos considerados leves, como receptação e porte de drogas.
PMs são apontados como principais suspeitos como autores dos ataques. As mortes ocorreram dias depois que o PM Avenilson Pereira de Oliveira e o guarda-civil Jeferson Rodrigues da Silva foram assassinados na região. Os dois foram mortos em assaltos.
Parte das cápsulas apreendidas nos locais onde as vítimas foram mortas pertence a lotes comprados pela Polícia Militar, pela Polícia Federal e pelo Exército Brasileiro. A informação foi prestada pela Companhia Brasileira de Cartuchos à Corregedoria da Polícia Militar.
O soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) Fabrício Emmanuel Eleutério, 30, chegou a ser preso, suspeito de participar da chacina e de integrar um grupo de extermínio em Osasco.
No entanto, ao longo da investigação, o rastreamento do carro do policial e a quebra de sigilos telefônicos enfraqueceram as suspeitas da polícia contra o soldado.