Oito destaques que apontam mudanças no Brasil em 2015, segundo o IBGE
A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta-feira (25) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revela em oito destaques algumas mudanças que ocorreram no período entre 2014 e 2015.
As tendências observadas passam por áreas como educação e tecnologia, entre outras, e fazem parte de um conjunto de dados coletados em mais de 150 mil residências pelo país.
Paridade entre pardos e brancos
De acordo com a amostra, a população de pessoas que se declaram pardas (45,1%) praticamente se igualou às que se dizem brancas (45,2%) em 2015. Os que se declaram pretos, por sua vez, representavam, no ano passado, 8,9% do contingente populacional.
O levantamento indica que, desde 2004, há uma tendência expressiva de redução da população branca e de aumento das demais. Segundo os pesquisadores, esse movimento pode estar associado à miscigenação e também a uma questão de reforço de identidade.
Há 11 anos, a divisão da população por raça ocorria da seguinte forma: 51,2% de brancos, 42,2% de pardos, e 5,9% de pretos. "As pessoas estão se reconhecendo mais da forma como realmente são", explicou a coordenadora da Pnad, Maria Lúcia Vieira.
Pardos e pretos são maioria entre os desocupados
Por outro lado, o estudo aponta que a população parda e preta constituía, em 2015, 60,4% da massa de desocupados (pessoas que não estavam empregadas na semana da pesquisa, mas que estavam em busca de trabalho).
Estudantes na rede pública
O IBGE constatou que, em 2015, 75,9% dos estudantes brasileiros estavam na rede pública de ensino, uma variação de 0,2% em comparação com o ano anterior. Os maiores percentuais foram observados no ensino fundamental (85,3%) e no ensino médio (88,1%), enquanto apenas 25,3% dos universitários frequentavam instituições públicas de ensino superior.
Adultos com baixa escolaridade
Foi estimado em 56,1% o percentual da população de 25 anos ou mais que não chegou a completar o ensino médio, segundo a Pnad.
Desse contingente, em 2015, 11,1% não tinham instrução ou possuíam menos de um ano de estudo, 31,3% tinham fundamental incompleto ou equivalente, 9,6% possuíam fundamental completo ou equivalente e 4,1% tinham médio incompleto ou equivalente.
Cai número de domicílios alugados
Do total de domicílios em 2015, a pesquisa observou que 74,8% eram próprios (em 2014, esse índice era de 73,7%), enquanto os imóveis sob locação correspondiam a 17,9%, proporção abaixo da estimada no ano anterior (18,5%). Isso significa dizer que, em um ano, houve uma redução de 2% em relação aos domicílios alugados no país.
Segundo o IBGE, em 11 anos, é a primeira vez que a Pnad indica uma inversão da tendência de elevação do número de imóveis alugados. Os dados eram crescentes desde 2004, quando a estimativa era de 15,4%.
Declínio do microcomputador
No recorte de bens duráveis, os pesquisadores do IBGE constataram que, em 2015, 31,4 milhões de domicílios brasileiros possuíam microcomputador, o que representa uma redução absoluta de mais de um milhão de residências.
Ou seja, em relação ao total de domicílios, menos da metade (46,2%) possui microcomputador em casa. Para o IBGE, essa é uma tendência natural, uma vez que a posse de celulares vem crescendo, de acordo com o levantamento.
Domínio do celular
No ano passado, 139,1 milhões de pessoas de dez anos ou mais tinham telefone móvel celular, um incremento de 2,5 milhões de pessoas em relação ao ano anterior. O crescimento foi de 1,8%.
A Pnad mostra que, do total da população de dez anos anos ou mais, 78,3% declararam ter telefone celular. Em 2014, o indicador foi estimado em 77,9%.
Cresce número de internautas
Mais de 102 milhões de entrevistados com dez anos ou mais acessaram a internet em 2015, avalia o IBGE. O crescimento em relação ao ano anterior é de 7,1% --o que representa 6,7 milhões de usuários. A proporção de internautas passou de 54,4% para 57,5% do total da população.
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