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Secretaria de Direitos Humanos do Rio nomeia assessor que defende pena de morte

Nomeado assessor, Fuks defende a morte de presos em seu Facebook e deve ser exonerado - Reprodução/Facebook
Nomeado assessor, Fuks defende a morte de presos em seu Facebook e deve ser exonerado Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, no Rio

17/01/2017 18h43

A Secretaria de Direitos Humanos do Rio de Janeiro nomeou nesta terça-feira (17) como assessor da Subsecretaria de Inclusão Produtiva o advogado Arthur Fuks. Em sua página no Facebook o assessor, que participou da campanha da vereadora e atual secretária de Direitos Humanos, Teresa Bergher (PSDB), defende a morte de presidiários e a prisão perpétua para crianças.

“Ia fazer uma boa limpa na pivetada”, escreveu em um post que compartilhou em outubro com a imagem de uma criança usando roupas de presidiário e os dizeres, “12 anos de idade pegou prisão perpétua por matar mendigo. Você gostaria de ver isso no Brasil?”. Outro post, também compartilhado em outubro, fala em ser a favor de “reintegrar o bandido a sociedade”. “Os órgãos vão para adoção, o esqueleto vai para escola de medicina e o que sobrar vai pra adubo.”

assessor defende prisão crianças - Reprodução/Facebook - Reprodução/Facebook
Imagem: Reprodução/Facebook
O UOL entrou em contato com a Secretaria de Direitos Humanos, que informou que a nomeação de Fuks foi tornada sem efeito ainda nesta terça depois de a pasta receber uma série de reclamações citando as postagens. “A secretária está consternada porque é um profissional, um advogado, nunca imaginou que ele tivesse esse tipo de posição. Não há a possibilidade de a gente vasculhar o Facebook de todos os funcionários nomeados, mas vamos passar a prestar atenção nisso, teremos que fazer isso”, afirmou uma assessora.

Segundo a secretaria, a exoneração de Fuks será publicada no Diário Oficial desta quinta-feira (19). O UOL tentou contato com o advogado, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. O advogado apagou o perfil da rede por volta das 17h30.

Informada sobre o caso, a assessoria do prefeito Marcelo Crivella (PRB) disse que a nomeação era de responsabilidade da secretária Teresa e que, por isso, o prefeito não iria se posicionar a respeito.