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Ministério Público pede internação de aluno que agrediu professora em SC

A professora Marcia Friggi usou o Facebook para denunciar ter sido agredida com socos Imagem: Reprodução/Facebook/Marcia Friggi

Luis Kawaguti

Do UOL, em São Paulo

25/08/2017 13h45

O MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina) pediu à Justiça a internação provisória, em regime fechado, do adolescente que agrediu uma professora com socos em uma escola de Indaial. A agressão à professora Marcia Friggi ganhou grande repercussão na última segunda-feira, após ela publicar em redes sociais uma foto em que aparecia com cortes e hematomas no rosto causados pelas agressões do aluno de 15 anos.

"Pedi ao juiz a internação [do jovem] porque outras medidas não foram suficientes [no passado]", afirmou ao UOL a promotora Patrícia Dagostin Tramontin. Em depoimento, o garoto disse que agiu por "impulso".

O jovem de 15 anos já esteve envolvido em três outros casos de agressão ou ameaça, segundo o MP. Em um deles, no qual teria agredido um colega de escola, respondeu a um processo judicial e teve que prestar serviços comunitários.

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Os outros dois casos foram registrados, mas não se transformaram em processos. Em um deles o jovem chegou a ser acusado de agredir a própria mãe, mas ela não teria tido interesse em seguir com o processo. O outro caso foi uma ameaça contra um conselheiro tutelar. 

Se o pedido da promotoria for aceito pela Justiça, o adolescente pode ficar 45 dias preso em regime fechado em uma instituição especializada. Essa pena pode, em tese, ser estendida para até 3 anos por decisão judicial.

O jovem foi ouvido pela promotora na manhã desta sexta-feira e o caso foi encaminhado a um juiz. O aluno responderá por ato infracional equivalente a lesão corporal e injúria.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de Santa Catarina disse que a Vara da Infância e Juventude de Indaial não se pronunciaria pois o caso foi declarado sob segredo de Justiça.

Impulso

Em depoimento à polícia, o jovem havia dito ao delegado de Indaial José Klock que agiu por impulso ao agredir a professora.

“Ele disse que ficou nervoso porque não teve chance de falar. Disse que na hora de um ímpeto, um impulso, disse que ‘deu um ruim’ e por isso a agrediu”, afirmou o delegado.

Segundo o delegado Klock, o jovem disse ter se arrependido. Mas, ao ser ouvido pela polícia na quarta-feira (23), teria acusado a professora de ter ofendido sua mãe. Contudo, nenhuma testemunha confirmou a suposta ofensa por parte da docente.

A discussão entre a professora de português e o aluno teria começado quando a educadora pediu que o jovem retirasse um livro das pernas e o colocasse sobre a mesa de estudos.

O aluno teria se recusado e iniciado uma discussão. A professora então teria pedido para o jovem ir até a sala da direção. O jovem teria arremessado um livro contra Marcia, mas a agressão mais grave - com socos - aconteceu na sala da direção.

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