PM é detido sob a suspeita de chefiar quadrilha de roubo a bancos em SP
Luís Adorno
Do UOL, em São Paulo
01/11/2017 12h35Atualizada em 01/11/2017 18h30
Um policial militar foi detido na madrugada desta quarta-feira (1º) por uma força-tarefa da Polícia Civil e da Corregedoria da PM, sob a suspeita de chefiar uma quadrilha de roubo a bancos que agia no interior do Estado.
De acordo com a Polícia Civil, a investigação que culminou na prisão do cabo Paulo Cesar Fassiroli durou meses e foi "amparada por inúmeras interceptações". Ele trabalhava na 4ª companhia do 22º batalhão da PM em Americanópolis, região da zona sul de São Paulo,
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O batalhão onde o cabo estava lotado confirmou a informação ao UOL, mas não soube informar por qual advogado o policial será defendido. A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Fassiroli até o momento.
Segundo a Polícia Civil, parte da quadrilha a qual o PM pertencia já havia sido presa, em flagrante, durante uma tentativa de roubo a uma agência do Banco do Brasil de Ipeúna, a 193 quilômetros da capital paulista.
Ainda de acordo com a investigação da polícia, "o PM coordenava os roubos de dentro do batalhão onde trabalhava". Além do PM, outros dois envolvidos na quadrilha teriam sido baleados e presos.
Entre os crimes que teriam sido chefiados pelo cabo Fassiroli, segundo as investigações, estaria uma outra tentativa de roubo frustrada a uma agência do Banco do Brasil, dessa vez em Cordeirópolis, a 160 quilômetros da capital paulista, em 31 de maio deste ano.
Na ocasião, de acordo com a polícia, os criminosos renderam o vigilante do banco no mesmo momento em que o gerente chegava para abrir a unidade. Ao ver a movimentação, o gerente pediu socorro. Os criminosos perceberam e fugiram sem levar nada.
A partir do roubo de Cordeirópolis, a Polícia Civil teria conseguido elementos de investigação para conseguir chegar até a suposta quadrilha chefiada pelo policial militar.
Segundo policiais militares da 4ª companhia do 22º batalhão, Fassiroli prestava depoimento na Corregedoria da PM pela manhã desta quarta-feira antes de ser levado ao presídio militar Romão Gomes, na Vila Albertina, zona norte da capital paulista.