Topo

Polícia do RS localiza casa de luxo de traficante com portões blindados e rota de fuga

Luciano Nagel

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

29/11/2017 12h36

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul localizou uma residência de luxo que pertenceria ao traficante Leonardo Ramos de Souza, conhecido como Peixe, de 36 anos. A casa, localizada no morro da Embratel, no bairro Glória, em Porto Alegre, tem portões blindados com chapas de aço, câmeras de monitoramento, cerca elétrica, piscina e suíte de luxo.

O que mais chamou a atenção dos agentes policiais no interior da casa do traficante, porém, foi a engenharia desenvolvida pelos criminosos em caso de uma ação policial.

“No gramado sintético do jardim havia um alçapão que dava acesso subterrâneo direto a vila, facilitando assim a fuga”, declarou o delegado Juliano Ferreira, titular da 19ª Delegacia da Polícia Civil de Porto Alegre.

A casa foi localizada durante uma operação da polícia, realizada nesta terça-feira (28), que buscou desmantelar uma quadrilha de criminosos comandada por Peixe.

Ainda segundo o delegado, Peixe também tinha um albergue em fase de construção para abrigar os comparsas recém-saídos da prisão. O prédio, de dois andares, fica localizado no mesmo bairro.

O traficante faz parte dos 27 detentos do Rio Grande do Sul que foram transferidos em agosto deste ano para presídios federais. O UOL Não conseguiu contato com a defesa de Peixe.

Mesmo de dentro da cadeia, no município de Porto Velho, em Rondônia, a mais de 3.500 km da capital gaúcha, Peixe passava os comandos para sua companheira, que está foragida e tinha a função de levar as informações sobre o tráfico até Porto Alegre, segundo a polícia.

“A esposa dele ia, em média, de 15 em 15 dias visitar ele lá no presídio em Porto Velho. A partir da transferência dele [Peixe] para o outro Estado, começamos a monitorar as visitas feitas por ela”, afirmou o delegado Ferreira.

Na ação desta terça-feira, intitulada “Torre de Babel”, 37 pessoas foram presas durante o cumprimento de 105 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão e prisões nas cidades de Porto Alegre e Viamão, na região metropolitana.

As investigações iniciaram em setembro do ano passado e ainda prosseguem. Oito pessoas continuam foragidas, entre elas, a companheira de Peixe.