Com Anitta e 17 minutos de fogos, Copacabana tem público recorde e relatos de roubos
Do UOL, em São Paulo*
01/01/2018 14h11Atualizada em 01/01/2018 16h08
Com duração de mais de 10 horas de festa, o Ano-Novo na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, teve um público recorde, segundo a Riotur: 2,4 milhões de pessoas. O público acompanhou um show pirotécnico de 17 minutos.
Logo após os fogos, a cantora Anitta entrou em cena, tornando da praia um baile funk. A festa ainda teve a apresentação das escolas de samba Portela e Mocidade Independente de Padre Miguel, com um DJ no encerramento.
Para o Réveillon, a ocupação nos hotéis da cidade chegou a 97%, de acordo com balanço da Abih (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis). Ao todo, foram cerca de 910 mil turistas na cidade para o evento.
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"Vamos estender essa festa até o dia 6 de janeiro, quando o mesmo palco irá receber um encontro entre as 13 baterias das escolas de samba do Grupo Especial e os músicos da Orquestra Petrobras Sinfônica", disse o presidente da Riotur, Marcelo Alves.
Segundo Alves, a crise acabou ajudando o Ano-Novo no Rio. "A crise sempre tem um lado bom. O brasileiro deixou de ir para fora, deixou de passar o Réveillon em outras localidades e veio para o Rio de Janeiro. Está aí esta lotação em todos os hotéis, com overbooking [número de reservas superior ao de quartos] em alguns", afirmou.
Mas nem tudo foi festa. O evento contou com diversos relatos de furtos, roubos e até de arrastão. Até as 14h, a Polícia Militar não havia divulgado um balanço das ocorrências.
No Twitter, internautas relataram arrastão durante a queima dos fogos de artifício. "Acho um absurdo na praia de Copacabana várias polícias espalhadas, bateu 0h, um arrastão. Que forma linda de virar o ano. Pleno ano novo, e eu não consigo tirar aquela cena da cabeça, não consigo aceitar isso como normal", disse uma jovem.
"Copacabana só assalto. Assaltaram meu pai, minha irmã e minha tia. E ainda teve arrastão, ninguém merece", afirmou outra internauta.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, foram realizados 657 atendimentos médicos nos quatro postos montados na orla de Copacabana. Ao todo, 58 pessoas tiveram de ser encaminhadas para hospitais.
Pela manhã, após a festa, muita gente permanecia na orla de Copacabana enquanto garis da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) já trabalhavam na limpeza da praia. Segundo informações da companhia, o réveillon no local deixou mais de 285 toneladas de lixo, cinco a menos que no Ano-Novo anterior.
Em toda a orla carioca, foram recolhidas 653 toneladas, 100 a mais que no ano passado. A Praia da Bica, na Ilha do Governador, zona norte carioca, foi o local onde houve maior aumento na quantidade de lixo.
*Com informações da Agência Brasil