Seis idosos morrem vítimas de covid-19 em casa de repouso no interior de SP

Seis idosos que moravam na casa de repouso Lar Feliz 1, em Hortolândia, no interior de São Paulo, morreram depois de serem infectados com o novo coronavírus. As mortes aconteceram entre os dias 13 de abril e ontem, e foram confirmadas pela própria instituição. Outros 13 idosos também testaram positivo para covid-19 e estão se recuperando da doença. Eles não precisaram ser hospitalizados.
De acordo com Bárbara Aparecida da Silva, a proprietária da casa de repouso, que fica no bairro Chácaras Luzitana, os idosos que morreram tinham idades entre 76 e 92 anos. As vítimas foram duas mulheres e quatro homens, todos com comorbidades. Nesta semana duas mortes foram registradas no local, a primeira domingo e outra na segunda-feira.
"A primeira morte confirmada foi de uma idosa que tinha Alzheimer e diabetes. Após essa confirmação em abril, nós isolamos o idoso que teve contato com essa vítima e tomamos todos os cuidados para conter o avanço do vírus, como o uso de máscaras, luvas e higienização. Mas a maioria dos nossos idosos já apresenta alguma doença e isso dificultou na identificação dos sintomas do covid-19", explica.
Ainda segundo Bárbara, os idosos infectados não apresentaram os sintomas típicos dos coronavírus como febre alta, tosse e falta de ar. "Muitos que testaram positivo estavam assintomáticos e os que apresentaram algum sintoma foi falta do paladar apenas", relata.
Ao todo, 27 idosos permanecem no local. Treze deles testaram positivo para a covid-19, sendo que três estão curados e dez seguem em isolamento, segundo a proprietária. Eles não precisaram ser medicados. Os 14 funcionários do asilo também fizeram o teste e todos deram resultado negativo.
"Estamos acompanhando esses casos de perto. Comunicamos a prefeitura, os familiares e os órgãos de saúde municipais. Caso eles apresentem qualquer sintoma, serão levados para o pronto-socorro da cidade", acrescenta Bárbara.
A proprietária do local afirmou ainda as visitas aos idosos estão suspensas desde o dia 13 de março, e acredita que a contaminação do primeiro idoso que morreu tenha ocorrido fora do lar.
"Alguns idosos fazem acompanhamento médico e, no início da pandemia, algumas consultas ainda estavam acontecendo. E esse idoso que faleceu chegou a ir a um consultório médico, acreditamos que ele tenha se contaminado nesse caminho", diz.
A prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Saúde, informou que todos os casos relacionados a locais que abriguem grande número de pessoas e/ou pessoas de grupos de risco são monitorados, de acordo com os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria Estadual de Saúde.
"Dentre as ações e orientações do protocolo estão proibição de visitas de familiares, cuidados, envio de relatórios diários sobre o estado dos internos. Moradores e funcionários que tenham tido contato com infectados também serão monitorados pela Secretaria de Saúde", declarou a prefeitura em nota oficial.
Até ontem, a cidade havia registrado 75 casos confirmados de coronavírus e 10 mortes.
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