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Governo de São Paulo corta jantar de 57 das 59 unidades do Bom Prato

Cozinha do restaurante do Bom Prato Campos Elíseos, no centro de São Paulo - Reinaldo Canato/UOL
Cozinha do restaurante do Bom Prato Campos Elíseos, no centro de São Paulo Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Thaís Augusto

Do UOL, em São Paulo

02/12/2020 17h04

O programa Bom Prato não vai mais oferecer o jantar em suas unidades, com exceção dos restaurantes localizados em Campos Elíseos e São Bernardo. O serviço deixou de funcionar neste mês e a decisão é da Secretaria de Desenvolvimento Social do governo de São Paulo.

O Bom Prato continua oferecendo café da manhã por R$ 0,50 e o almoço por R$ 1. Ao todo, são 59 restaurantes populares no estado de São Paulo, 22 deles na capital. Em média, o programa serve cerca de 93 mil refeições por dia.

Procurada pelo UOL, a Secretaria de Desenvolvimento Social informou que o atendimento nos restaurantes Bom Prato aos finais de semana, feriados e jantares foi criado em caráter emergencial e temporário "para garantir a segurança alimentar das pessoas em situação de extrema vulnerabilidade social durante a pandemia do coronavírus".

Ainda de acordo com a secretaria, no período de isolamento social as unidades do Bom Prato aumentaram a oferta em 60%, servindo 3,2 milhões de refeições por mês. "O monitoramento da pasta é constante e objetiva evitar excedentes ou demanda reprimida nos restaurantes, dando uso eficiente aos recursos públicos. Com isso, os usuários das unidades Bom Prato foram comunicados em relação às readequações de funcionamento de que, a partir de dezembro, os restaurantes populares retomarão o atendimento habitual nos dias úteis."

Em maio, influenciado pela crise do novo coronavírus, o governo de São Paulo anunciou a gratuidade do Bom Prato para 15 mil pessoas em situação de rua cadastradas pelas prefeituras, mas a iniciativa foi suspensa em 30 de setembro.

Com isso, o TJSP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo) deu 72 horas para a retomada da gratuidade das refeições. Na época, o governo de São Paulo argumentou que, com o aumento da circulação de pessoas nas ruas, os moradores de rua já teriam condições de comprar sua própria comida.

Mesmo assim, a decisão judicial foi mantida, garantindo as refeições aos moradores de rua até o encerramento do estado de calamidade pública.