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Gilmar Mendes lamenta morte de juíza e diz que feminicídio é endêmico

O ministro do STF, Gilmar Mendes, lamentou o assassinato da juíza Viviane Vieira pelo ex-marido - Fellipe Sampaio /SCO/STF
O ministro do STF, Gilmar Mendes, lamentou o assassinato da juíza Viviane Vieira pelo ex-marido Imagem: Fellipe Sampaio /SCO/STF

Do UOL, em São Paulo

25/12/2020 15h39Atualizada em 25/12/2020 15h47

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes lamentou hoje, nas redes sociais, a morte da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), assassinada com facadas na frente das filhas pelo ex-marido, na véspera do Natal. O magistrado reforçou que o feminicídio é "endêmico no país" e que precisa ser combatido.

Crime registrado em vídeo

O crime contra a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos, aconteceu ontem, na véspera do Natal e foi registrado em um vídeo que circulou nas redes sociais.

Nas imagens é possível escutar as crianças pedindo para que o pai, Paulo Arronenzi, de 52 anos, parasse de esfaquear a mãe. Ele foi preso em flagrante pela GM (Guarda Municipal), enquanto Viviane foi encontrada caída e desacordada.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou que a juíza morreu no local.

Registro de lesão corporal

Em setembro deste ano, Viviane fez um registro de lesão corporal e ameaça contra o ex-marido. A juíza passou a ser escoltada entre os meses de outubro e novembro, mas pediu para que a proteção fosse retirada, alegando que não precisava mais da proteção.

A juíza foi assassinada quando levava as filhas para a casa do pai, segundo policiais do TJ-RJ que integraram a equipe de escolta e auxiliaram na remoção do corpo pela família, no IML.

Como denunciar casos de violência doméstica

As mulheres vítimas de agressão podem registrar um Boletim de Ocorrência por violência doméstica em qualquer delegacia, inclusive as delegacias da mulher, especializadas nestes tipos de caso.

Caso conheça uma mulher que esteja em situação de perigo, basta ligar para o 180 gratuitamente. O canal do governo federal funciona 24 horas, inclusive em feriados, sábados e domingos.

A ligação é anônima e a central oferece orientações jurídicas, psicológicas e encaminha o pedido de investigação a órgãos de defesa à mulher. Também é possível acionar a polícia pelo 190 em casos de emergência.