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Mulher morre com tiro de espingarda; marido assume e diz que foi acidental

Angélica Aparecida Gaio foi atingida por um tiro de arma de pressão - Reprodução/Facebook
Angélica Aparecida Gaio foi atingida por um tiro de arma de pressão Imagem: Reprodução/Facebook

Simone Machado

Colaboração para o UOL, de São José do Rio Preto

09/01/2021 14h22Atualizada em 09/01/2021 14h27

Angélica Aparecida Gaio, 30 anos, morreu depois de ser atingida no rosto com um tiro de arma de pressão, na noite de ontem, em Sorriso (MT), cidade a 420 km de Cuiabá. O marido dela, que teria feito o disparo acidentalmente, foi preso.

Segundo a Polícia Militar, Angélica e o marido, o marceneiro Abner Elias da Conceição Sales, 23 anos, foram juntos até uma pensão, no bairro Jardim Bela Vista, para consertar uma cama. Enquanto estavam na residência, Abner teria encontrado uma espingarda de pressão pertencente ao proprietário do local.

Ao manusear a arma, o marceneiro teria apontado para a mulher e apertado o gatilho. O dono do imóvel tomava banho no momento. Segundo Abner o tiro foi acidental.

"Ele [marido] estava muito abalado, chorando bastante e bem angustiado com a situação. Contou que foi chamado pelo dono da casa para consertar uma cama, viu a arma e começou a manuseá-la. Com a arma apontada para baixo e em direções aleatórias, ele conta que chegou a acionar o gatilho por três vezes sem que houvesse disparo. Na quarta vez, já com a arma direcionada para a mulher, houve o disparo", explica o sargento Almeida, policial militar que atendeu a ocorrência.

Ainda segundo a polícia, o tiro atingiu o rosto da mulher, que caiu desacordada. Ela foi socorrida pelo marido e pelo dono do local e levada para o Hospital Regional de Sorriso, porém, morreu em seguida.

Abner foi preso em flagrante. Por ser uma arma de ar comprimido, não é necessário autorização para tê-la em casa. O dono da pensão, portanto, será apenas testemunha do caso, que foi registrado como homicídio culposo e será investigado pela Polícia Civil.

"Por mais que seja um acidente, ele assumiu o risco ao apontar a arma para o rosto da mulher e apertar o gatilho", acrescenta o policial.