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Bebê é amarrada e xingada de ratazana pela mãe no interior de Alagoas

Criança foi provisoriamente entregue à avó paterna após caso vir à tona - Reprodução
Criança foi provisoriamente entregue à avó paterna após caso vir à tona Imagem: Reprodução

Aliny Gama

Colaboração para o UOL, no Recife

25/01/2021 15h59

Uma menina de um ano teve o corpo amarrado com uma corda e supostamente xingada de "ratazana" pela mãe, no município de Girau do Ponciano, região Agreste de Alagoas. O crime teria sido filmado pela mãe da bebê, e o vídeo começou a circular na internet no último sábado (23).

A mulher não foi presa porque, segundo a polícia, não houve flagrante. O nome da investigada não foi divulgado.

Nas imagens, a menina veste apenas fralda e aparece sentada em um sofá, sem conseguir se mexer porque está com as mãos, as pernas e o corpo amarrados por uma corda azul e branca. Uma mulher, que seria a mãe da criança, afirma rindo: "Está vendo, ratazana? Quem mandou você reinar? Agora vá reinar".

A bebê espirra, tosse e balbucia sem entender o que está acontecendo.

Familiares paternos da menina souberam que ela estava sendo vítima de maus tratos praticados supostamente pela mãe depois de receberem o vídeo da menina amarrada, por meio do WhatsApp. Eles acionaram a Polícia Militar.

Com as imagens, policiais do 3º Batalhão da Polícia Militar foram até o imóvel onde a bebê estava, na zona rural, e encontraram a menina sem a corda. A polícia explicou que a investigada do crime não foi presa porque já encontraram a criança desamarrada e concluiu-se que não houve flagrante.

Os policiais acionaram o Conselho Tutelar, que resgatou a bebê. Segundo a PM, a mãe da menina não demonstrou resistência para entregar a filha. A menina foi levada à avó paterna, com a qual ficará provisoriamente até que a Justiça defina quem ficará responsável pela bebê. Os pais da menina são separados, e pai mora em outro estado.

O caso está sendo investigado pela delegacia de Polícia Civil de Girau do Ponciano. A mãe da menina deverá ser intimada para prestar depoimento nos próximos dias. O Conselho Tutelar informou que já repassou o ocorrido ao Ministério Público.

O Ministério Público de Alagoas se manifestou sobre o caso, na tarde de hoje, afirmando que "agirá, como sempre, dentro da legalidade e tomando posicionamento adequado".

O UOL tentou localizar a investigada do crime e defesa dela, na tarde de hoje, mas não conseguiu.