Empresário usa cavalo para economizar no delivery, mas pode ter prejuízo
O empresário Brendow Álvares, 26, proprietário de uma hamburgueria em Vespasiano (MG), município da região metropolitana de Belo Horizonte, está satisfeito pela economia mensal de R$ 400 ao encostar sua moto e deixar o serviço de delivery sob responsabilidade do Barão, o cavalo de um amigo.
Há duas semanas, o empresário, que é o responsável pelas entregas da La Casa do Hambúrguer para os domicílios do bairro Gávea e adjacências, atende os pedidos a cavalo. A taxa de entrega do delivery é R$ 4,00 enquanto os preços dos sanduíches variam entre R$ 11 e R$ 22,50.
A iniciativa rendeu-lhe fama em Vespasiano e aumentou o volume de pedidos, mas Álvares não calculou ainda os custos e benefícios da iniciativa. O uso do cavalo para as entregas, porém, pode ter um custo maior para o empresário, na comparação com a moto.
"Não fiz esses cálculos, não. Por enquanto ainda não gastei nada com o cavalo, porque é de um amigo. Vou ter de fazer essas contas depois. Não sei quanto custa a manutenção do animal", contou o empresário, em entrevista ao UOL.
O empresário, porém, tem uma certeza: os R$ 400 de combustível estavam pesando muito nos custos da empresa. Segundo Álvares, somente em 2021, a gasolina teve seis reajustes, que somaram 54% de aumento de preço até este mês.
Na Gávea e entorno do município mineiro, a repercussão do delivery a cavalo foi grande entre os moradores e já fez sucesso.
"Além de exigências do hambúrguer, eles [os clientes] exigem também a presença do Barão.", diz o empresário. "[Os clientes] Ficam na porta de casa, com o celular ligado para filmar", afirma Álvares.
Economia ou mais prejuízo?
De acordo com o site www.criacaodecavalos.com.br, a manutenção de um cavalo no Brasil gira em torno de R$ 500 e R$ 700, no mínimo.
Um ex-criador de cavalos, de Belo Horizonte, que não quis se identificar, afirmou à reportagem que, em média, um cavalo consome aproximadamente seis fardos de feno (ou capim de qualidade, picado) mais cerca de quatro quilos de ração.
"Isso sem contar o manejo do animal e a vermifugação, que é mensal. Barato não fica", diz o ex-criador.
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