Casal suspeito de matar jovem achada carbonizada é preso em Praia Grande
Investigadores da 3ª Delegacia de Investigações sobre Homicídios, do Deic (Departamento de Investigações Criminais) de Santos, litoral de São Paulo, prenderam ontem um comerciante, de 25 anos, e sua esposa, de 23, suspeitos de terem assassinado a jovem Vitória Luiza da Silva, de 20 anos, com quem aparentemente o homem manteve relações extraconjugais.
A jovem, que morava em São Vicente, teria descoberto que o suspeito era casado semanas antes do crime. A esposa nega que tivesse conhecimento da traição do marido e também contesta qualquer participação no crime. O suspeito também refutou a participação da esposa, isentando-a de qualquer influência no crime, mas confessou a sua participação no homicídio da jovem.
O corpo de Vitória foi encontrado carbonizado no início da manhã da última quinta-feira (1º), na Rua Pescada Rosa, no bairro Jardim Melvi, em Praia Grande. Sem documentos e com o rosto desfigurado pela ação das chamas, a jovem não pôde ser identificada, sendo conduzida ao IML (Instituto Médico Legal) de Praia Grande.
Agentes da Polícia Civil informaram ao UOL que o reconhecimento da jovem só foi possível no dia seguinte. Isso porque amigas da vítima procuraram a polícia para contar que Vitória namorava com o acusado há alguns meses. E, além de reconhecerem o corpo, revelaram também que a jovem havia descoberto, cerca de um mês antes de ser assassinada, que o homem era casado.
De acordo com os investigadores, testemunhas informaram que, na noite do dia 31 de março, um dia antes de encontrarem o corpo de Vitória, o comerciante teria insistido para conversar com ela. Ele teria, inclusive, mentido para ela sobre sua situação conjugal, chegando a jurar que não estava mais casado. Essa foi a última vez que a vítima foi vista com vida.
Câmeras de monitoramento
Por meio de imagens capturadas por câmeras de monitoramento da Prefeitura de Praia Grande, os policiais puderam identificar o veículo do acusado, um Renault Sandero prata, circulando nas proximidades do local onde o corpo da jovem foi encontrado.
Ao ser identificado e questionado posteriormente pelos agentes da Polícia Civil, o comerciante alegou que estava nas redondezas acompanhado da esposa, em busca de drogas para comprar. Até então, porém, não se conhecia ainda a identidade da vítima e o namoro dela com o comerciante, e por isso ele acabou sendo liberado.
A prisão, concretizada ontem (5), somente ocorreu após a descoberta do caso que ele mantinha com Vitória, confirmado em depoimentos das amigas da vítima.
Confissão do crime
Durante interrogatório conduzido pelos investigadores do Deic, o homem teria confessado ser o autor do crime, insistindo na versão de que teria premeditado tudo sozinho, reforçando que a esposa seria inocente.
Ele teria dito ainda que chegou a parar com o carro em um posto para comprar gasolina, com o objetivo de atear fogo na amante. O comerciante contou então que ela resistiu, enquanto era levada à força por ele para uma rua deserta no Jardim Melvi, em Praia Grande, e acabou caindo ao chão, antes de ser carbonizada. Segundo os investigadores, os legistas confirmaram que Vitória apresentava lesões contundentes na cabeça antes de ter o corpo queimado.
A prisão temporária do casal é de 30 dias, podendo ser prorrogada por mais 30 dias. Segundo a Assessoria de Imprensa do Deinter 6 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior), ainda existem exames técnicos a serem realizados no sentido de esclarecer o caso.
As investigações agora prosseguem para apurar toda a história e também as circunstâncias em que ocorreu o homicídio.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.