Viúva da Mega-Sena perde disputa, e herança ficará com filha e irmãos
Uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou o testamento que beneficiava Adriana Ferreira Almeida Nascimento, que ficou conhecida como "Viúva da Mega-Sena". O nome dela constava no testamento de Renê Senna, que faturou R$ 52 milhões no concurso e foi morto em janeiro de 2007, em Rio Bonito, na região metropolitana do Rio de Janeiro.
Em dezembro de 2016, Adriana foi condenada a 20 anos de prisão pela morte do milionário. Mesmo assim, a defesa da viúva tentava validar um testamento que a beneficiava. No entanto, o STJ confirmou no dia 11 deste mês decisão da 17ª Câmara Cível do Rio, que anulou em 2018 o documento que garantia à viúva metade do patrimônio.
Com isso, Adriana não entrará na partilha da herança. Ela foi considerada "indigna" para receber os valores.
A partir da anulação do documento que envolvia Adriana, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro reconheceu como válido um testamento anterior, que dava a nove irmãos de Renê o direito à metade dos bens —hoje, avaliados em R$ 120 milhões. A outra metade ficou para Renata Senna, filha do ex-lavrador.
Viúva foi presa 11 anos após o crime
Renê foi morto a tiros em 7 de janeiro de 2007. Ele foi surpreendido em um bar, próximo à sua fazenda, por homens armados e morreu no local.
Adriana foi condenada por encomendar a morte do marido, após ele afirmar a intenção de retirá-la do testamento alegando que era traído.
Adriana cumpre pena desde 2018. Ela foi presa em Tanguá, na região metropolitana do Rio, 11 anos após o crime.
O casal começou a namorar em 2006, um ano após Renê ganhar o prêmio da Mega-Sena. Diabético, ele vivia em uma cadeira de rodas, pois havia perdido as duas pernas por causa da doença.
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