Conteúdo publicado há 7 meses

Laudo indica possível overdose de homem achado morto em sauna, diz polícia

A Polícia Civil de São Paulo disse que a autópsia realizada no corpo do jornalista Luiz Carlos Pereira de Lima, 34, sugere que a morte dele ocorreu por "possível overdose". O jornalista foi encontrado morto na banheira de uma sauna gay localizada no Largo do Arouche, na região central de São Paulo, em setembro de 2023.

O que aconteceu

Laudo pericial toxicológico identificou a presença de diversas substâncias entorpecentes no corpo de Luiz, "sugerindo uma possível overdose". O homem ficou conhecido em 2020, após publicar um vídeo nas redes sociais em que conta que pediu um "green" (cartão que dava benefícios, como entrada gratuita) ao dono de uma balada LGBT+, hoje fechada. Em seu perfil, ele também dizia ser servidor público.

Poder Judiciário determinou o arquivamento do processo em março deste ano. A ação foi tomada após o inquérito policial instaurado pela 3ºDP (Campos Elíseos) ter sido enviado à Justiça.

Não houve nenhum evento violento relacionado à morte de Luiz, informou a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo. O caso começou a ser investigado como "morte suspeita", porém, com o andamento do inquérito policial, outras possibilidades, como homicídio ou suicídio, foram descartadas.

A pasta não divulgou mais informações sobre o laudo e as conclusões do inquérito policial.

Relembre o caso

O corpo do jornalista Luiz Carlos Pereira de Lima foi achado na madrugada do dia 18 de setembro de 2023. A SSP-SP informou que a Polícia Militar foi acionada para dar apoio à equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) no local onde Luiz foi achado. A equipe de resgate já encontrou Luiz sem vida dentro da banheira.

Na ocasião, foram solicitados exames ao IC (Instituto de Criminalística) e ao IML (Instituto Médico Legal).

À época, o Hotel Chilli, onde Luiz foi encontrado, disse que as imagens das câmeras de segurança indicavam que o homem "parecia estar sozinho na hora" do ocorrido. O estabelecimento afirmou achar desnecessário divulgar o nome do jornalista e informou prezar pelo sigilo dos hóspedes. O hotel ainda informou que outros dois óbitos, além do caso de Luiz, ocorreram nos seus recintos, mas não deu detalhes.

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No Instagram, o estabelecimento divulga que é um "Hot Hotel e Sauna", "só para homens maiores de 18 anos", que funciona "24 horas" por dia.

Outra morte envolvendo sauna é investigada

Polícia investiga morte de jovem após deixar sauna gay no centro de SP
Polícia investiga morte de jovem após deixar sauna gay no centro de SP Imagem: Reprodução/Instagram

A Polícia Civil investiga a morte de um publicitário de 23 anos dado como desaparecido após sair da sauna gay. Ao UOL, o estabelecimento negou que tenha relação com a morte do rapaz.

Yuri Castro desapareceu após sair do Hotel Chilli na madrugada do dia 22 de abril. O boletim de ocorrência aponta que ele foi resgatado por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) na rua General Osório, na região da Santa Ifigênia, também no centro da cidade. A distância entre a sauna e a rua onde o publicitário foi encontrado é de aproximadamente 900 metros.

O jovem foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vergueiro, no bairro da Liberdade, também no centro. A causa da morte do publicitário foi politraumatismo, conforme mostrou o UOL. O corpo de Yuri foi identificado pela família dele no IML (Instituto Médico Legal) no dia 24 de abril.

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Imagens obtidas pela Polícia Civil mostram que o publicitário caiu do telhado de um sobrado. A queda ocorreu na rua General Osório, na Santa Ifigênia, no centro de São Paulo. Há também registro do publicitário ferido, caído na calçada. O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) cumpriu mandado de busca e apreensão na sauna no dia 3 de maio e obteve imagens da noite em que Yuri esteve lá. Funcionários do estabelecimento também foram ouvidos.

O estabelecimento negou que tenha relação com a morte do rapaz. Ao UOL, Douglas Drumond, proprietário do estabelecimento, disse que o cliente não foi tratado de forma violenta, como apontado por algumas postagens nas redes sociais. Segundo o proprietário da sauna, Yuri era cliente do local.

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