Três pessoas morrem em operação de destruição de explosivos no RS
Do UOL, em São Paulo
08/07/2021 21h26Atualizada em 08/07/2021 21h26
Três pessoas morreram hoje durante uma operação destinada à destruição de explosivos em uma pedreira no município de Guaporé, no Rio Grande do Sul. De acordo com o CMS (Comando Militar do Sul), duas das vítimas eram militares do Exército Brasileiro.
A operação, que acontecia em apoio à Polícia Civil, foi deflagrada durante a manhã. Batizada como Explosive, a ação tinha como intuito averiguar crimes relacionados ao porte irregular deste material, que é de uso restrito e controlado pelo Exército.
Além dos militares, um civil também morreu no local. Os corpos foram levados para necropsia, que será feita no Posto Médico-Legal do IGP (Instituto-Geral de Perícias), em Passo Fundo.
Ao todo, foram deflagrados 9 mandados de busca e apreensão na cidade. Dois homens foram presos, um por porte ilegal de arma de fogo e outro por posse ilegal de artefatos explosivos, de arma de fogo e de acess´rio de amarma de fogo.
Foram apreendidos 531 kg de emulsão encartuchada (24 polegadas), 200kg de emulsão encartuchada (8 polegadas), 338 metros de cordel detonante (NP 5), 305 espoletas, 11 unidades de conjunto estopim/espoleta, 187 metros de estopim, 336 unidades de acionador pirotécnico (brinel, 6 metros) e 40 unidades de retardo.
De acordo com o IGP, a mina de explosivos continuará a ser periciada amanhã. Uma equipe formada por peritos criminais e técnicos em perícia da 2ª Coordenadoria Regional de Perícias estiveram no local para estudar o caso.
A continuação dos trabalhos deve acontecer após a detonação dos explosivos que restam pelo Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) da Brigada Militar.
As investigações apontavam que uma empresa da região que atuma no ramo de terraplanagem adquiria os artefatos em quantidade maior do que a necessária para a obra. Os explosivos em excesso eram guardados irregularmente e utilizados mais tarde em outros projetos, sem autorização.