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'Não entendo': Pai se surpreende com suposto elo entre empresário e milícia

Alberto sumiu na sexta-feira, após ser visto em um shopping carioca - Reprodução/Facebook
Alberto sumiu na sexta-feira, após ser visto em um shopping carioca Imagem: Reprodução/Facebook

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

29/09/2021 11h46Atualizada em 30/09/2021 11h18

Familiares de Alberto César Romano Júnior se mostraram surpresos com a informação divulgada pela Polícia Civil de que a principal linha de investigação aponta que o empresário tinha envolvimento com a milícia e de ele que foi morto por um grupo paramilitar da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Alberto, de 33 anos, é procurado pelos familiares desde sexta-feira (24). Ele foi visto pela última vez neste dia, saindo do shopping Barra World, onde costuma frequentar uma barbearia. Apesar da investigação apontar para morte e ocultação de cadáver, ainda não foi achado um corpo que justifique a teoria.

Até o momento, "a principal linha de investigação aponta para homicídio e ocultação de cadáver", aponta a DDPA. Segundo a investigação, o crime aconteceu na Favela do Rodo, Zona Oeste do Rio, onde celular de Alberto foi encontrado.

Família em choque

"O pai dele está muito abalado com isso tudo e não consegue falar no momento, disse que não está acompanhando as notícias. Estamos muito chocados com essa notícia, ninguém imaginava. Está difícil de acreditar", disse uma prima do empresário, que preferiu não se identificar, ao UOL.

O pai do empresário conversou rapidamente com a reportagem. "Meu filho tem muitos amigos, eu não estou entendendo. Eu estou muito abalado emocionalmente agora, não consigo mais falar", disse Alberto César Romano.

Segundo a DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros), as investigações mostram que Alberto Romano Júnior realizava transações imobiliárias para a milícia então comandada por Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em junho.

A namorada de Alberto Romano Júnior conversou com o UOL e disse que a família está muito abalada com as últimas notícias.

"Ninguém da nossa família sabia! Nunca permitiríamos isso! Estamos arrasados. Jamais iríamos permitir que ele corresse esse risco", disse Nathalia Aguiar.

A DDPA afirma que Alberto Romano regularizava os terrenos da milícia e que o desaparecimento e a morte dele têm ligação direta com este trabalho.