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Homem leva mata-leão após xingamento homofóbico em SC

Do UOL, em São Paulo

17/10/2021 14h56

Um grupo de amigos LGBTQIA+ de Brasília que visitava Balneário Camboriú (SC) foi alvo de um ataque homofóbico na última segunda-feira (11) enquanto tirava fotos. Um homem não identificado passou e começou a ofendê-los: "Sai da frente, viadinho". O influenciador digital, Gabriel Nunes, 25 anos - que é homossexual - temendo que a sua amiga fosse agredida fisicamente, partiu para cima do homem e lhe deu um golpe mata-leão. Eles se atracaram até que Nunes o soltou.

As vítimas informaram que não encontraram policiais militares no local e decidiram não prestar queixa na delegacia.

Confusão

O grupo de amigos estava numa excursão que saiu no dia 08 (sexta-feira) de Brasília com destino à Santa Catarina. A viagem fazia parte da comemoração da artista drag Pikineia. O ataque homofóbico aconteceu no penúltimo dia da viagem.

Pikineia estava tirando fotos da amiga trans Thamy quando um homem apareceu e disse: "Sai da frente viadinho, se não eu vou te dar um chute na bunda para você parar na lua", contou a artista. "Eu me assustei e me afastei".

Um amigo ainda tentou conversar com o agressor. Pikineia pediu para ele não dar atenção para o agressor, que saiu andando e ofendendo outras pessoas que estavam no local.

Foi o momento em que ele passou por Nunes e disse: "Sai da frente, gordo viado". O influenciador, então, viu que o homem foi em direção de sua amiga. "Falei para sair de lá, mas ele continuou e ficou xingando a a gente. Fiquei com receio que ele pudesse agredir a Pikineia e me aproximei dele", disse Nunes.

Os dois se atracaram e Nunes segurou o agressor, aplicando um mata-leão. O homem pediu para que o soltasse. Ele caiu no chão e saiu correndo. Mesmo assim continuou ofendendo que estava na frente dele. "Ele saiu falando que iria chamar os amigos e voltar", afirmou o influenciador.

O grupo voltou para o hotel e desistiu de sair naquela noite. No dia seguinte voltaram para Brasília. "Foi horrível. Muito horrível. Nunca me envolvi em briga ou fui vítima de homofobia", disse Nunes. "Mas o meu celular não para. Pessoas estão mandando mensagem, parabenizando pela minha atitude", contou.